INDICADOR DE VULNERABILIDADE AGROPECUÁRIA A EXTREMOS CLIMÁTICOS PARA O NORDESTE DO BRASIL.
Secas, Mudanças climáticas, analise multivariada, susceptibilidade, adaptação.
A região Nordeste do Brasil (NEB) é susceptível a extremos climáticos devido à alta variabilidade temporal e espacial da precipitação. Vários estudos têm investigado tal variabilidade com o propósito de compreender os episódios danosos, como secas e enchentes. O fenômeno da seca no NEB configura-se por tratar-se de tema complexo por afetar milhões de pessoas e ser objeto de estudos em diversas áreas do conhecimento. Uma forma de tentar argumentar sobre esse fenômeno é utilizando o conceito de vulnerabilidade. Para mensurar um indicador de vulnerabilidade é necessário grande quantidade de dados de diferentes áreas do conhecimento, dentre as quais incluem-se a meteorologia, socioambiental, econômico, saúde pública, entre outros. O principal objetivo desse trabalho foi criar um indicador de vulnerabilidade à extremos climáticos (seca e inundação) para o NEB. Os dados que foram utilizados pertencem a ANA (Agência Nacional das Águas), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e Ministério da Integração Nacional. Os resultados mostram que o sul da NEB apresentou os maiores indicadores de vulnerabilidade, sendo que parte do semiárido grau moderado, relacionando-se ao grau de exposição ou susceptibilidade a seca e sensibilidade agrícola nas áreas mais produtivas da região. Em relação ao fator incapacidade adaptativa AI, este não apresentou resultados significativos para a composição do indicador de vulnerabilidade.