Egresso do PPgEM se torna professor adjunto da Duquesne University (EUA) e vai pesquisar algoritmos e IA

Kochav Koren passou a integrar o Department of Communication & Rhetorical Studies da School of Liberal Arts.


O Doutor em Estudos da Mídia, Kochav Koren, egresso do Programa de Pós-graduação em Estudos da Mídia (PPgEM) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), tornou-se esta semana professor adjunto da Duquesne University, em Pittsburgh, na Pensilvânia (EUA).


Kochav vai atuar no Department of Communication & Rhetorical Studies da School of Liberal Arts. Durante quatro anos, o pesquisador vai desenvolver estudos partindo da fenomenologia social de Alfred Schutz e suas implicações para o campo das tecnologias interpretativas e da inteligência artificial.


“Minha pesquisa em Pittsburgh aprofunda a interface entre fenomenologia social, tecnologias interpretativas e inteligência artificial. A inspiração direta vem do trabalho de Dr. Michael Hanke, cuja reconstrução do conceito de cosmion em Schutz ilumina como diferentes esferas da vida — política, cuidado, ciência — operam como províncias finitas de significado, cada uma com seu estilo próprio de racionalidade e comunicação”, disse.


Michael Hanke foi o orientador de Kochav Koren durante o seu doutoramento no PPgEM, finalizado em 2019. “Trata-se de uma pesquisa que une Schutz, Hanke e design computacional para criar aquilo que chamo de um mecanismo de acompanhamento: uma IA que sabe quando não sabe”, complementou.


O pesquisador ressaltou o papel do PPgEM na sua trajetória acadêmica. “Foi no PPgEM que aprendi a tratar a comunicação como processo constitutivo de realidade, não como transmissão de mensagens. Assim, minha pesquisa em IA em Pittsburgh é herdeira direta da formação que recebi no PPgEM: trata da estrutura da experiência, da produção de sentido e da mediação tecnológica como forças que moldam mundos sociais. O PPgEM me deu a linguagem para pensar mundos; agora, a IA me dá o laboratório para testá-los”, avaliou. 


Avaliação sobre a IA – De acordo com Kochav, a premissa é de que a IA não é meramente um instrumental, mas um agente que opera não sobre dados, mas sobre realidades. “E, como Hanke e Schutz mostram, a realidade não é única; é múltipla, estratificada, construída socialmente. Cada ação, instituição ou tecnologia habita um cosmion — uma pequena totalidade de coerência simbólica que organiza como percebemos o mundo”, explicou. 


Ele explica que a fenomenologia social permite compreender que a IA não interpreta fatos, mas tipifica experiências; que não descobre verdades, mas projeta relevâncias e que ela não é neutra, mas atua dentro de ordens simbólicas que condicionam o que é visto e o que permanece invisível.


Histórico – Anteriormente, Kochav cursou o mestrado na Universidade Federal do Ceará (UFC), onde estudou as startups a partir de uma visão sociológica. Para isso, realizou estudos na Europa e nos Estados Unidos. Agora, o pesquisador deve se debruçar sobre o trabalho de Big Techs e outras empresas de tecnologia instaladas em Pittsburgh. Antes de se mudar para os EUA, Kochav estava atuando como docente da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS).





 

Notícia cadastrada em: 19/11/2025 17:20
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