Banca de DEFESA: GLYNNER FREIRE BRANDAO COSTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GLYNNER FREIRE BRANDAO COSTA
DATA : 26/11/2024
HORA: 14:30
LOCAL: Remoto
TÍTULO:

INTERTEXTUALIDADE E HETEROGENEIDADE DISCURSIVA: ANALISE DAS CRONICAS PANDEMICAS DO SAIBA MAIS EM 2020


PALAVRAS-CHAVES:

Crônica jornalística. Covid-19. Intertextualidade. Heterogeneidade enunciativa. Interdiscursividade.


PÁGINAS: 138
RESUMO:

Considerada pela ONU a pior crise global desde a Segunda Guerra Mundial, a pandemia da covid-19 causou 700 mil mortes no Brasil e estabeleceu novos hábitos de etiqueta social, como o uso de máscaras e o confinamento domiciliar. O impacto da crise sanitária, nos eixos público e privado da vida em sociedade, foi pauta nos veículos de comunicação do Rio Grande do Norte. Em busca dos efeitos de sentido e da discursivização da pandemia, esta pesquisa qualitativa analisa o discurso em 11 crônicas jornalísticas sobre a pandemia, com veiculação no site da Agência Saiba Mais, no primeiro semestre de 2020. Recortou-se o conceito de crônica jornalística proposto por Rey (2007). Nas análises, os textos são posicionados na fronteira entre os gêneros opinativo e informativo (Melo, 1994; Beltrão, 1980; Chaparro, 2008) e na interseção entre jornalismo e literatura (Pena, 2006; Sá, 2005; Moisés, 1986), dada a fruição do gênero. A “de-superficialização”da materialidade textual e da representação da realidade pelo sujeito-cronista assenta-se na interface entre jornalismo, literatura, Análise do Discurso (AD) de linha franco-brasileira (Orlandi, 2012, 1987) e Linguística Textual (LT), o que aponta para a perspectiva interdisciplinar da pesquisa. Investigou-se a construção social da realidade pelos jornalistas a partir do que comparece nos textos (ditos e não ditos), do lugar social de quem fala, das “condições de produção” e da correlação entre crônica e outros dizeres, sob a lente da interdiscursividade (Pêcheux, 1971, 1995, 2015), da intertextualidade (Kristeva, 1968, 1969, 2005; Koch, Bentes & Cavalcante, 2008) e da heterogeneidade enunciativa (Authier-Revuz, 1990, 1998, 2004, 2008, 2011). No que concerne ao consórcio interdiscursividade/intertextualidade, ficou provado que a “memória discursiva” viabilizou a simbolização da pandemia pelos jornalistas, o que se deu por discursos/intertextos musical, comportamental, literário, político-econômico, jurídico, científico/sanitário, jornalístico, religioso, histórico, comunista, mitológico e militar. No que tange à intertextualidade, em específico, as análises focalizaram as modalidades explícita, implícita e temática. Sobre a heterogeneidade enunciativa, predominaram os estereótipos, metáforas, ironias, reminiscências, ressignificação de palavras, alusões e falares regionais. Foi possível concluir que os efeitos de sentido derivam da rede sêmica instalada, nas crônicas jornalísticas, por interdiscursividade, heterogeneidade enunciativa e intertextualidade. São estratégias que permitiram ao profissional da imprensa estruturar seu dizer, informar, opinar e ampliar a rede de referências junto ao leitorado, com vistas ao endereçamento da mensagem e à emancipação/adesão do leitor, em um contexto de agudização da vida em comunidade.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3490575 - ADRIANO CHARLES DA SILVA CRUZ
Interno - 1351529 - MICHAEL MANFRED HANKE
Externa à Instituição - CRISTIANE PEREIRA COSTA DIAS - UNICAMP
Externa à Instituição - VALNECY OLIVEIRA CORRÊA SANTOS - UFMA
Notícia cadastrada em: 21/10/2024 13:01
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