As Fotografias Estereoscópicas Seculares do Potiguar Manoel Dantas
Fotografia Estereoscópica; História da Mídia; Memória; Manoel Dantas
Desde o seu surgimento, em 1839, a fotografia estabeleceu-se como um marco da sociedade moderna, conferindo uma de suas características mais marcantes: a representação por imagens (Turazzi, 1995; Flusser, 2007; Leite, 1993; Muniz Sodré, 2006). O avanço tecnológico observado em razão da revolução industrial motivou o aparecimento de novas técnicas e modernos equipamentos fotográficos refletindo na popularização da fotografia, especialmente entre os amadores (Barthes, 1984; Martins, 2008). No RN do início do século XX, o jornalista, advogado, professor, gestor público e político seridoense, Manoel Dantas (1867 – 1924), dedicou cerca de 18 anos de sua vida à fotografia estereoscópica – uma das mais modernas tecnologias existentes, devido ao seu resultado visual tridimensional (Parente, 1999; Turazzi, 1995). Esta dissertação se utiliza do acesso inédito ao acervo de mais de 2.000 fotos para buscar respostas à questionamentos sobre a tríade constituinte de uma fotografia (Kossoy, 2014), quais sejam: o fotógrafo, a tecnologia e o assunto desses registros. A partir deste estudo de caso (Gil, 2002; Braga 2011), pretendemos investigar a prática fotográfica do potiguar Manoel Dantas, a partir do seu acervo de fotografias estereoscópicas esperando poder oferecer uma contribuição acadêmica, de viés histórico, aos estudos da mídia (Kossoy, 2002; Ciavatta, 2012).