A CARNE MAIS BARATA DO MERCADO: análise do discurso imagético e textual acerca do corpo da mulher no jornal JÁ
Palavras-chave: Corpo da Mulher, Discurso, Jornal JÁ
Emergente cada vez mais nas ciências humanas os estudos que trazem o corpo como objeto de pesquisa para o centro das discussões acadêmicas e elaboram o mesmo enquanto categoria de análise tal qual os estudos de gênero, este trabalho se inscreve numa perspectiva histórica, cultural, social, politica e filosófica e se escreve na intenção de responder “De que modo o jornal JÁ constrói os discursos imagéticos e textuais acerca do corpo da mulher e quais sentidos são produzidos sobre o mesmo?” O jornal JÁ é um produto midiático do Sistema Correio de Comunicação da Paraíba, no estilo tabloide, veiculado diariamente. As lentes teoréticas utilizadas para operar o mundo em que o objeto se constrói estão assentadas nas teorias e conceitos sobre o Corpo em Foucault (1999) e Louro (2000), Corpo da Mulher em Matos e Soihet (2003), Perrot (2008) e Priore (2018), o Erotismo em Bataille (1987), nos ajudam na compreensão do Corpo-mercadoria Le-Breton (2016), Debord (1997) e Foucault (1999), de igual modo para as teorizações sobre Discurso, Foucault (1996, 1999, 2012). Neste trabalho instrumentalizamos o método de procedimento por meio da Análise do Discurso de linha francesa em Eni Orlandi (2005, 2007, 2009) que nos auxilia a leitura do corpus e nas discussões sobre construção dos discursos imagéticos e textuais do jornal JÁ. Esta dissertação, em curso investigativo, aponta considerações provisórias sobre como esses discursos produzem sentido sobre o corpo da mulher, tenta responder um desconforto fenomenológico e epistemológico que se estabelece nos imbricamentos entre mídia, corpo, cultura e sociedade.