DESENVOLVIMENTO NACIONAL, DESENVOLVIMENTO REGIONAL E NOTA: Notas Teóricas à luz da Economia Política do Desenvolvimento
Desenvolvimento Regional. Economia Política. Estruturas Sociais de Acumulação. Moeda. Restrição Externa
Este trabalho investiga o raio de manobra que Estados Nacionais e regiões possuem para a formulações de estratégias de desenvolvimento. Resgatando inicialmente o conceito de desenvolvimento como um processo conflituoso, a hipótese desenvolvida é que este apresenta condicionantes internos e externos, em que estes últimos possuem maior preponderância, revelada pelo papel desempenhado pela moeda. Nesse caso, pode-se apontar como sub-hipótese que os modelos de crescimento com restrição externa, fundamentalmente através do balanço de pagamentos, podem ilustrar o fato de que os países estão submetidos a interações econômicas internacionais que limitam a possibilidade de levar adiantes estratégias bem sucedidas de superação do atraso. Para o caso específico das regiões, aponta-se que a restrição externa continua sendo um elemento de constrangimento ao desenvolvimento regional, porém resgata-se as relações centro-periferia nesse contexto para discutir o papel da moeda e do sistema financeiro como explicação para as disparidades regionais de renda. No front interno, destaca-se a importância das estruturas sociais de acumulação como elemento de coesão interna necessário para a consecução de trajetórias de desenvolvimento exitosas. Aponta-se ainda para importância do Estado nesse processo resgatando algumas das principais contribuições teóricas da economia política do desenvolvimento, incorporando o conceito de globalização nos marcos teóricos apresentados. Essa construção em que o desenvolvimento depende da atuação de condições externas e internas, em que a moeda desempenha um papel fundamental serviu de orientação para as reflexões em torno do desenvolvimento regional. A tentativa foi de transplantar nossas considerações sobre o desenvolvimento em geral para tratar do caso das regiões. Finalmente, conclui-se pela maior confiança em relação a hipótese e sub-hipóteses de partida, o que levou a proposições de políticas econômicas.