O serviço de varejo de banda larga fixa, prestado em regime privado, mas de interesse coletivo, tem perpassado por mudanças relevantes nos últimos anos, entre elas uma maior penetração nos municípios brasileiros, associada ao aumento do número de acessos e das velocidades contratadas pelos consumidores. A banda larga fixa tem contribuído em atividades relacionadas a educação, como em vídeo aulas, inclusive em tempo real, como também em atividades laborais, a exemplo do home working e teletrabalho, e para o lazer em domicílios, com os serviços de distribuição de conteúdo via streaming, inclusive em alta resolução, e o crescente número de produtores e consumidores de conteúdo em redes sociais, assim como para a quarta revolução industrial, que envolve a indústria 4.0, a internet das coisas, serviços de videomonitoramento em alta resolução e com acesso remoto em tempo real, dentre outras. O referido mercado é regulado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Considerando o arcabouço regulamentar desenvolvido ao longo dos anos pela Anatel, analisa-se o desenvolvimento do setor no Brasil, pormenorizado em categorias de municípios brasileiros separados por grau de competitividade. Nestas categorias, há municípios que receberam política regulatória assimétrica de preços regulados, considerados pela Anatel como mercados nos quais a oferta de serviços era realizada por empresas detentoras de Poder de Mercado Significativo em serviço de atacado, de alta correlação com o serviço de varejo, e municípios que não receberam a referida política.