Identificação dos vírus Zika e Chikungunya por bioespectroscopia ATR-FTIR em amostras biológicas
Vírus; Chikungunya; Zika; Bioespectroscopia; ATR-FTIR
Os vírus Zika e Chikungunya são arbovírus emergentes e importantes patógenos humano. A infecção por esses vírus causam quadros clínicos comuns caracterizados por febre, dor de cabeça, erupção cutânea, náusea, vômito, mialgia, artralgia e, ocasionalmente, manifestações neurológicas, como fraqueza aguda dos membros. A dificuldade no diagnóstico preciso desses vírus atrasa o direcionamento dos cuidados e tratamentos preventivos para casos de doença grave, aumentando as chances de pacientes evoluírem para a forma crônica ou desenvolverem manifestações neurológicas como a síndrome de Guillain-Barré, sendo estas muito mais danosas para a saúde do paciente e dispendiosas para o sistema de saúde. Este projeto de pesquisa tem como tema principal a proposição de uma metodologia inovadora na identificação laboratorial dos arbovírus Zika e Chikungunya utilizando ferramentas de Bioespectroscopia. Nós utilizamos a espectroscopia no infravermelho por Refletância Total Atenuada (ATR) associada a espectroscopia no Infravermelho por Transformação de Fourier (FTIR), a qual foi capaz de classificar em categorias amostras infectadas com os vírus Zika e Chikungunya, diferenciando aquelas que possuem os vírus daquelas consideradas saudáveis, com sensibilidade e especificidade satisfatórias para utilização como método diagnóstico. Os resultados sugerem que a bioespectroscopia por ATR-FTIR pode ser proposta como um campo de pesquisa novo e promissor que poderá ser utilizado no futuro próximo como ferramenta de diagnóstico para detectar a presença desses vírus em amostras biológicas de soro e sangue total, além de diferenciar a febre de Chikungunya e a febre do Zika de outras arboviroses causadores de epidemias no Brasil, como por exemplo, a Dengue.