EFEITO DA MEMBRANA DE QUITOSANA COM COMPLEXO DE ZINCO-
VANILINA NO TRATAMENTO DE LESÕES CUTÂNEAS EM RATOS
DIABÉTICOS
Diabetes, Lesões cutâneas, Zinco, Membrana de quitosana.
O tratamento de feridas crônicas ainda é considerado um problema de saúde pública,
quando afeta grupos de riscos como diabéticos e torna-se um grande desafio
clínico. Neste trabalho, avaliamos os efeitos cicatrizantes de um novo complexo de
zinco associado a uma membrana de quitosana, testado em feridas cutâneas de ratos
diabéticos. Ratos do tipo Wistar foram submetidos a indução do diabetes com
estreptozotocina 40 mg/kg (i.v.). No sétimo dia após a indução diabética, foi realizada
uma excisão circular na pele (1,0 cm) com punch. As lesões foram tratadas com a
membrana de quitosana pura e com a membrana associada ao complexo de Zinco-
vanilina (CS-ZPV1 e CS-ZPV2) em duas concentrações 7.36 x 10 -7 mol cm -2 e 1.22 x
10 -6 mol cm -2 , respectivamente. As amostras foram submetidas à análise
macroscópica, histopatológica, dosagens de citocinas (TNF-α, IL-1β e IL-10) e
reações em cadeia de polimerase de transcriptase reversa (RtPCR) (TGFβ e VEGF).
As análises realizadas demonstraram reepitelização, estímulo angiogênico, deposição
de colágeno e expressão de proteínas que auxiliam no processo de cicatrização em
proporção significativa nos grupos tratados com a membrana CS-ZPV comparado aos
grupos sem tratamento. O tratamento com a CS-ZPV reduziu os níveis de TNF-α, IL-
1β e aumentou IL-10, verificou-se também o aumento da expressão gênica de TGFβ e
VEGF. Os parâmetros avaliados sugerem que a CS-ZPV nas duas concentrações
testadas podem ser eficazes no tratamento de feridas crônicas.