Etiologia e Resistência de Sthaphylococcus spp. e Bacilos Gram-Negativos Isolados de Cultura de Vigilância em Unidades de Terapia Intensiva
Resistência antimicrobiana ; Vigilância; Unidades de Terapia Intensiva; Microbiota; Carbapenems;
A existência de patógenos com alto padrão de resistência, capazes de participar da microbiota entérica e cutânea, aumentam o risco da ocorrência de infecções graves. Deste modo as culturas de vigilância são importantes a fim de se identificar estes microrganismos e minimizar a sua propagação. Esta pesquisa utilizou as culturas de vigilância para determinar a presença de diversos mecanismos de resistência presentes em bactérias colonizando 114 pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva. Para este objetivo, utilizou-se métodos manuais de identificação fenotípica, de sensibilidade aos antibióticos e testes fenotípicos de indicação de produção de betalactamases. De 110 Sthaphylococcus spp isolados, 90%(99/110) eram resistentes à Oxacilina. Por outro lado, 43% das enterobactérias eram ESBL, 57,5% das Pseudomanoas aeruginosa eram AmpC e 80% dos Acinetobacter spp. eram resistentes aos Carbapenêmicos. Dentre as variáveis clínicas estudadas, encontrou-se uma associação estatisticamente significativa entre o uso de Carbapenêmicos e a colonização por bactérias resistentes a estes antibióticos. Estes índices bastante altos refletem a tendência epidemiológica atual do crescimento das bactérias com alto padrão de resistência, tornando-se essencial a implementação de medidas de vigilância, isolamento e racionalização do uso de antibióticos a fim de se minimizar a disseminação destes patógenos.