ANÁLISE DA FRAGILIDADE AMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PIRANGI-RN
Litoral Oriental, susceptibilidade, Geotecnologias
As bacias hidrográficas reconhecidamente exercem grande influência no quadro natural dos ambientes, além de serem fontes para abastecimento humano; justamente por esta importância a comunidade científica procura desenvolver modelos no sentido de se aferir o nível de potencialidade de degradação das mesmas. A pesquisa utiliza o Potencial Natural de Erosão (PNE), e modelo de Fragilidade Ambiental de Ross (1994) para estimar a quantificação do grau de perda natural do solo e seus possíveis impactos na área da Bacia do Rio Pirangi, litoral oriental do estado do Rio Grande do Norte. O objetivo é especializar as variáveis que são inerentes a PNE, tais como erosividade (fator R), erodibilidade (fator K) e fator topográfico (LS), e também analisar a susceptibilidade a fragilidade ambiental através da manipulação de dados geográficos matriciais e vetoriais. Como metodologia utilizou-se a criação de um banco de dados em um ambiente de sistema de informação Geográfica (SIG) no software ArcGIS, que constaram de dados do sensor orbital ASTER GDEM, tipos de solos classificados de acordo com o EMBRAPA, e dados de precipitação da EMPARN. Os resultados apontaram que, sobretudo, o PNE apresentou-se muito baixo com predominância de áreas que têm susceptibilidade a perda de solos de 1 t ha com isso recebendo grande influência do fator topográfico (LS) que também é baixo. No fator erosividade foi reportado consonância com estudos que consideram este fator forte, como números que vão de 7.000 a mais de 8.500 MJ mm com destaque nos setores centro-norte da bacia. A erosividade mensal apresenta maior concentração nos meses de abril a junho, para a área da bacia ela é forte em períodos sazonais. A erodibilidade, segundo os tipos de solo foram: Latossolos considerada média, Argissolos: baixa e Neossolos: média, a média da espacialização para este foi fator de 0.0699 t ha ha mj mm. No que se refere a fragilidade ambiental, o setor oeste da bacia predomina do tipo baixa (3) ao passo que no setor leste ocorre a média, associada a Areias Quartzosas Marinhas e intensa urbanização, e com poucas áreas de fragilidade alta (5). Os resultados indicam que naturalmente existe baixa propensão a perda de solos, no entanto deve-se orientar o ordenamento territorial da bacia no sentido de promover ações que visem notar a importante contribuição que as chuvas, principalmente no inverno, podem potencialmente acelerar processos erosivos, assim como uma preocupação maior com a ocupação desordenada do solo, o que deve traz prejuízos ao quadro socioambiental.