Sobre a Composição Química em Estrelas Evoluídas do Aglomerado Aberto M67
Estrelas evoluídas, abundâncias químicas e aglomerado aberto M67.
Os aglomerados abertos da galáxia possuem uma grande variedade de propriedades físicas que os tornam valiosos laboratórios para estudos da evolução química estelar e da Galáxia. A fim de melhor compreender essas propriedades nós investigamos a abundância de um grande número de elementos químicos em uma amostra de 27 estrelas evoluídas com diferentes estágios evolutivos (turn-off, subgigantes e gigantes) do aglomerado aberto M67. Para tal estudo foram utilizados espectros de alta resolução (R ~ 47 000) e alto sinal ruído obtidos com UVES+FLAMES em VLT/ UT2, cobrindo um intervalo de comprimento de onda de 4200 - 10 600Å. Nossa análise espectral é baseada nos modelos de atmosfera MARCS e a ferramenta espectroscópica Turbospectrum. O oxigênio [O I] foi determinado a partir da linha 6300 Å. Além disso, também determinamos a abundância de Si I, Na I, Mg I, Al I, Ca I, Ti I, Co I, Ni I, Zr I, La II e Cr I. As abundâncias investigadas neste trabalho, combinadas com seus parâmetros estelares, oferecem a oportunidade de determinar o nível de diluição e mistura convectiva em estrelas evoluídas de M67. Com base nos parâmetros obtidos, as abundâncias referidas parecem seguir uma tendência semelhante à curva de abundâncias solares. Adicionalmente, seguindo estratégias de outros estudos investigamos as abundâncias relativas como função da temperatura efetiva e da metalicidade, onde foi possível observar uma superabundância de Na, Al e Si para as estrelas no ramo das gigantes. Uma grande dispersão, de estrela para estrela, é observada nas razões de [X/Fe] para o Co, Zr e La, além da inexistência do Zr e La, nas estrelas do Turn-off. Comparações feitas entre nossos resultados e com outros estudos encontrados na literatura mostram valores de abundâncias que se encontram em acordo e próximos dos limites das margens de erros.