Diferenças comportamentais e neuroquímicas predizem resposta ao álcool em juvenis de peixe paulistinha (Danio rerio).
Álcool, diferenças individuais, zebrafish, metabolismo, eclosão, comportamento.
O álcool (etanol ou álcool etílico) é, sem dúvida, a droga lícita de abuso mais consumida no mundo. O uso excessivo desta substância pode causar o alcoolismo, uma das doenças mais devastadoras dentre aquelas relacionadas às drogas de abuso. Os efeitos de reforço do uso moderado de álcool são resultado da interação com sistemas neurotransmissores como, por exemplo, dopamina (DA), serotonina, ácido gama-aminobutírico (GABA), glutamato e da ação causada no sistema de recaptação de neurotransmissores, como é o caso da adenosina. No entanto, alguns indivíduos são mais sensíveis ao álcool, enquanto outros são mais resistentes. Essas diferenças em relação à resposta ao álcool possuem ligação com o metabolismo do etanol, genética e pressão ambiental/social. Determinar a relação entre o perfil comportamental e uso do álcool é difícil, visto que deve ser levado em consideração tanto a análise comportamental quanto a fisiológica do indivíduo. Neste sentido, o peixe paulistinha vem se tornando um animal modelo promissor nas pesquisas com álcool e diferenças individuais, pois possui neurotransmissores clássicos de vertebrados, sendo, dessa forma, um modelo translacional vantajoso para os estudos comportamentais e neuroquímicos. Nesse sentido, este trabalho avaliará através de testes comportamentais e bioquímicos, se as diferenças individuais estabelecidas precocemente podem ser preditivas dos efeitos do consumo de álcool.