EXPLORANDO OS MECANISMOS BIOLÓGICOS DA DMT VAPORIZADA EM INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS
biomarcador, depressão, DMT, psicodélico
A N,N-dimetiltriptamina (DMT) vem sendo estudada como um potencial antidepressivo de ação rápida e estudos vêm especulando o quanto a experiência psicodélica é importante na resposta clínica desses novos tipos de tratamento. Entretanto, ainda não é claro se os efeitos psicodélicos são relevantes e se induzem alterações fisiológicas em vias associadas à depressão. O presente estudo investigará as relações entre o uso da DMT e um painel de potenciais biomarcadores sanguíneos de depressão/humor, em um grupo de indivíduos saudáveis, procurando compreender se as alterações moleculares estão associadas à intensidade e à natureza dos estados alterados de consciência induzidos pela DMT. Esse é um ensaio clínico de fase I, transversal, duplo-cego, randomizado, controlado por placebo. Todos os participantes receberão uma dose da substância ativa e uma dose de placebo em ordem aleatória, dentro de um ambiente controlado. Serão coletadas amostras de sangue antes e após o uso de cada substância e aplicadas as seguintes escalas para aferir os estados alterados de consciência: Hallucinogen Rating Scale (HRS) e Mystical Experience Questionnaire (MEQ). As moléculas a serem investigadas são o cortisol total, a proteína c-reativa (PCR), o hormônio do crescimento (GH) e a desidroepiandrosterona (DHEA). Hipotetiza-se que os biomarcadores se comportam de formas diferentes quando há presença ou ausência da DMT no organismo, e que dependem, também, da intensidade e natureza dos estados alterados de consciência. Tal estudo, com voluntários saudáveis, é relevante para uma compreensão mais ampla dos mecanismos envolvidos em tais domínios, a fim de que possíveis aplicações de protocolos de tratamento em pessoas adoecidas possam ocorrer de forma mais segura e eficaz.