Papel dos receptores NMDA no processo de reconsolidação da memória espacial
Memória espacial, NMDAR, reconsolidação, GluN2B, GluN2A
A memória espacial está relacionada a comportamentos que envolvem a codificação e a recuperação de informações sobre o ambiente com o intuito de orientação espacial de um indivíduo. Déficits significativos desse tipo de memória podem estar associados ao envelhecimento ou a doenças neurodegenerativas como a Doença de Alzheimer. Para formar uma memória espacial de longa duração (MLD), é necessário que ocorra um processo de consolidação que estabiliza o traço mnemônico. A MLD cria registros de informações de forma duradoura e estável, mas que podem ser mutáveis. A reativação da memória espacial pode desestabilizar o traço, que para persistir, necessita de um novo processo de restabilização chamado de reconsolidação. Os receptores glutamatérgicos N-metil-D-aspartato (NMDAR) são imprescindíveis para o mecanismo de reconsolidação de alguns tipos memórias, suas subunidades GluN2B e GluN2A participam das fases do processo reconsolidatório (desestabilização e reestabilização, respectivamente) da memória aversiva. Porém, não se sabe como essas subunidades do NMDA participam na reconsolidação da memória espacial, sendo necessário sua investigação visto a importância clínica desse tipo de memória. Tendo em vista o exposto, o objetivo principal deste trabalho é caracterizar o papel dos NMDAR hipocampais no processo de reconsolidação da memória espacial. Para tal serão utilizados 400 ratos Wistar machos que passarão pela tarefa do Labirinto aquático de Morris onde investigaremos o papel do GluN2A e GluN2B no processo de desestabilização e reestabilização da memória espacial, bem como a sinalização mediada por esses dois subtipos de receptores NMDA.