Contribuição ao uso do Óleo de Urucum no Desenvolvimento de Fitomedicamentos: Avaliação da Toxicidade Oral Aguda do Óleo de Urucum e Caracterização de Géis de Carbopol contendo nanocarreadores lipídicos e a fração insaponificável de urucum
Bixa orellana L; Carreadores Lipídicos Nanoestruturados (CLN); Hidrogel; Urucum; Toxicidade Oral.
Bixa orellana L. (urucum) tem se destacado nas pesquisas que visam desenvolver fitoterápicos devido às propriedades cicatrizantes, atribuídas principalmente a diversos compostos com ação anti-inflamatória e antioxidante, que favorecem a regeneração tecidual. Com vistas a contribuir com a segurança dos futuros pacientes, este trabalho avaliou a toxicidade oral aguda de formulações com óleo de urucum nanoencapsulado em Carreadores Lipídicos Nanoestruturados (CLNs). Adicionalmente, foram desenvolvidos géis à base de carbopol contendo os CLNs com a fração insaponificável de urucum encapsulado para possível aplicação tópica. Não foram encontradas alterações comportamentais, hematológicas ou bioquímicas, tampouco alterações nos pesos corporais ou dos órgãos nos testes de toxicidade oral aguda em ratas Wistar na dose de 2000mg/kg do óleo. As formulações de CLN apresentaram tamanhos médios de partículas entre 106 e 161 nm, PdI inferior a 0,2 e potencial zeta até -18 mV, indicando boa estabilidade por 90 dias. A análise por HPLC indicou a presença de tocotrienol na fração insaponificável de urucum, com coeficiente de determinação (R²) de 0,9997, de maneira a destacar a adequação do modelo para quantificação do composto na amostra. Os hidrogéis formulados mostraram aparência estável, pH compatível com a pele e excelente espalhabilidade, principalmente nas formulações com a fração insaponificável de urucum. Através dos dados coletados, foi possível confirmar que as formulações são seguras, estáveis e promissoras para uso farmacêutico, com destaque para potenciais aplicações tópicas e cicatrizantes.