Banca de DEFESA: CINTIA GABRIELA DE SOUZA LACERDA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CINTIA GABRIELA DE SOUZA LACERDA
DATA : 10/06/2025
HORA: 09:00
LOCAL: VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO:

ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA E ANTIOXIDANTE DE DERIVADOS

VEGETAIS DE Varronia curassavica EM ESTUDOS PRÉ CLINICOS: UMA REVISÃO

SISTEMÁTICA


PALAVRAS-CHAVES:

Cordia verbenacea; erva baleeira; extrato; inflamação.


PÁGINAS: 88
RESUMO:

Varronia curassavica Jacq. é uma espécie nativa e não endêmica do Brasil e derivados vegetais

obtidos da espécie são utilizados popularmente para o tratamento de doenças inflamatórias em

geral. No Brasil tem um medicamento fitoterápico registrado na ANVISA que possui como

ativo o óleo essencial da espécie. É sabido que extratos e óleos essenciais são derivados

vegetais, entretanto, possuem composições químicas diferenciadas. Dentro deste contexto, não

pode ser extrapolado o efeito farmacológico anti-inflamatório do óleo essencial obtido das

folhas para outros derivados vegetais obtidos, por exemplo, com água e etanol. Desta forma,

justifica-se conduzir uma revisão sistemática com a espécie para avaliar se há evidência pré-

clínica que comprove a eficácia, segurança e qualidade de derivados vegetais obtidos com

solventes orgânicos e água. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade

antioxidante e anti-inflamatória da Varronia curassavica (erva-baleeira) em modelos pré-

clínicos através de uma revisão sistemática da literatura. Para a realização desta revisão

sistemática, foi utilizado como guia para seleção, rastreio e elegibilidade do estudo o checklist

contido no Relatório Preferido para Revisões Sistemáticas e Meta-análises (PRISMA). A

pergunta norteadora desta revisão é “Qual é a capacidade antioxidante e anti-inflamatória da

Varronia curassavica (erva-baleeira) usando modelos pré-clínicos?”. Para a estratégia de busca,

foram utilizados termos MeSH e não MeSH e a pesquisa foi feita no PubMed-Medline, Scopus,

Web of Science e Embase. Com os estudos elegidos, foi feita a extração dos dados dos estudos

e o risco de avaliação de viés, empregando a ferramenta de risco de viés do Centro de Revisão

Sistemática para Experimentação com Animais de Laboratório (SYRCLE). Como resultados,

foi possível destacar nesta revisão sistemática que as folhas foram a parte da planta mais

utilizada pelos estudos, sendo submetidas à maceração c em sua maioria, com etanol ou etanol

70%. Seis estudos conduzidos com extratos identificaram quatro substâncias principais, o ácido

rosmarínico, artemetina, briquelina e cordialina A. Os resultados observados nos estudos pré-

clínicos com animais mostraram que, por via oral, o extrato foi capaz de diminuir a expressão

de citocinas pró-inflamatórias, como TNF-α, IL-6 e IL-1β, o edema e aumentar importantes

enzimas antioxidantes, como a catalase e a GSH. Em contraponto, o óleo essencial,

administrado por via oral, também foi capaz de reduzir o edema e o TNF-α, entretanto, não

provocou alterações no IL-1β e na PGE2. A qualidade metodológica dos estudos incluídos nesta

revisão sistemática foi predominantemente classificada como de baixo risco, pois a maioria dos

critérios necessários para avaliar o viés no estudo foram suficientemente relatados. Em

conclusão, os resultados sugerem que os extratos de V. curassavica apresentam potencial anti

inflamatório e antioxidante em modelos pré-clínicos in vivo. Foi observado que os extratos

etanólicos e hidroetanólicos obtidos por maceração a partir das folhas da erva-baleeira se

mostraram capazes de combater a inflamação em modelos pré-clínicos in vivo, utilizando como

principal via de administração a oral.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANDRÉ GONZAGA DOS SANTOS - UNESP
Interna - 1871916 - RAQUEL BRANDT GIORDANI
Presidente - 1490222 - SILVANA MARIA ZUCOLOTTO LANGASSNER
Notícia cadastrada em: 27/05/2025 12:04
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - sigaa02-producao.info.ufrn.br.sigaa02-producao