DESENVOLVIMENTO DE NANOEMULSÕES DE ÓLEO DE ANDIROBA COM
COPAÍBA POR BAIXA ENERGIA PARA O POTENCIAL TRATAMENTO DE
FERIDAS
Antimicrobiano, nanotecnologia, óleo de Andiroba, oleoresina de Copaiba, nanoemulsão, inversão de fases.
A pele é o maior órgão humano e possui como uma das principais funções a proteção
dos demais órgãos, que estão presentes internamente no organismo. Devido a sua
posição anatômica, esse órgão é mais suscetível a sofrer lesões, com a formação de
feridas, por exemplo. O grande risco das feridas é a possível contaminação por
microrganismos, que são combatidos com o uso de antimicrobianos — uma grande
classe de medicamentos, que possuem como função a inativação, principalmente de
bactérias e fungos. Porém, essa classe de medicamentos foi utilizada
inadequadamente e gerou resistência contra boa parte dos microrganismos, o que
inviabiliza o uso de muitos fármacos, sendo fundamental o desenvolvimento de novos
medicamentos contra esses organismos. A andiroba é uma árvore da região
amazônica e já era utilizada com diversos fins terapêuticos pelos nativos, antes do
descobrimento do continente americano. Alguns trabalhos atribuem o que essa planta
apresenta efeito antimicrobiano e para potencializar esse efeito foi pensado em utilizar
a nanotecnologia e associar o óleo fixo dessa planta a oleoresina de Copaíba. Desse
modo, o objetivo do trabalho foi o desenvolvimento e a caracterização da formulação
de nanoemulsão encapsulada com o óleo fixo filtrado de andiroba e a oleoresina de
Copaíba, pela técnica de baixo cisalhamento, por meio da inversão de fases. As
formulações preparadas foram caracterizadas pela análise do diâmetro das partículas,
Índice de Polidispersão, Potencial Zeta, Potencial Hidrogeniônico, Atividade
Antioxidante e Atividade Antimicrobiana. Até o momento, foi possível desenvolver produtos estáveis e resultados satisfatórios.