O corpo na experiência do ator: diálogos entre teatro e educação
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Nessa pesquisa reflito sobre a experiência vivida como atriz/professora/narradora de histórias no teatro e na sala de aula, para tanto considero a experiência do corpo no acontecimento teatral. Meu interesse é saber como posso falar da experiência como atriz/professora/narradora de história a partir da atitude fenomenológica apontada pelo filosofo francês Maurice Merleau-Ponty, observando como a estesia do corpo propícia uma comunicação sensível e oferece outro modo de pensar o corpo no teatro e na educação. Para tanto, a experiência da criação do personagem Gurdulu no espetáculo “Matrióchka: uma história dentro da história”, do Grupo Estandarte de Teatro e o trabalho como professora de teatro do IFRN – Campus Natal Central possibilitou a compreensão da estesia do corpo. Ao narrar minha jornada de atriz/professora/narradora percebo o corpo é fundo imemorial e ele constitui o suficiente. Mas não só o corpo individual trata-se do corpo atado a certo mundo, no qual a experiência vivida é algo que se pode narrar, é história. A história por sua vez é instituição, um fenômeno de expressão que fecunda uma tradição e abre horizonte de vida, desejo, encantamento, arte, poesia e conhecimento.