DANÇANDO COM GATOS E PÁSSAROS: O MOVIMENTO ECOSSISTÊMICO DA LUDOPOIESE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Ludopoiése. Autoformação. Pensamento Ecossistêmico. Educador infantil. Educação infantil.
Este estudo apresenta o movimento ecossistêmico da ludopoiése dos educadores do Centro de Educação Infantil Marise Paiva-CEIMAP. Utilizou-se a metáfora da dança, como uma possibilidade de estimular a criatividade cientifica. O Pensamento Ecossistêmico, o Pensamento Complexo, a Teoria da Autopoiése e a Teoria do Fluxo, se constituíram os principais passos teóricos para compreender o fenômeno da ludopoiese, a partir do olhar de sua totalidadem tendo como objetivos específicos: 1- Identificar e interpretar o processo de autoformação ludopoiética dos Educadores Infantis do CEIMAP nas ações do brincar, cuidar e educar no cotidiano escolar; 2 - Analisar a partir do Pensamento Ecossistêmico como estes processos ludopoiéticos afetam e/ou possibilitam mudanças e transformações humanescentes na prática educacional do CEIMAP. Os passos teórico-metodógicos para encaminhar os objetivos propostos se fundam na Pesquisa-ação Existencial que parte da apreciação da complexidade do real, considerando o ser humano uma totalidade dinâmica. Nesse sentido o jogo de areia, as vivências lúdicas, os estudos sistematizados e a vídeo formação foram explorados visando a relevância da transdisciplinaridade nos fenômenos cotidianos. Os novos conhecimentos adquiridos conforme as direções dadas indicam o movimento ecossistêmico da ludopoiése dos educadores estudados, implicado em quatro fluxos essenciais: amar, brincar, cuidar e educar que se dinamizam a partir do amor de forma interdependente. A ludopoiese de cada educador seria então alimentada por essa teia gerada pelo amor que permeia as demais ações educacionais, nutrindo e mantendo uma constante auto-organização criativa do saber ser e saber fazer docente. Assim, toda rede que gera e dinamiza o sistema ludopoiético emerge da Biologia do amor, da abertura dialógica do amar e brincar, no querer bem ao educando, na beleza estética do cuidar e do educar, como uma condição humana possível e relevante de viver/conviver não apenas no ensino infantil, mas nos demais contextos educacionais de ensino e formação docente.