ALBERTO MARANHÃO E A EDUCAÇÃO REPUBLICANA NO RIO GRANDE DO NORTE (1900-1914)
Alberto Maranhão. História da Educação. República. Instrução Pública.
A pesquisa analisa as práticas e representações do intelectual e político potiguar Alberto Maranhão, cuja biografia está intimamente ligada à reestruturação do campo educacional do Rio Grande do Norte, na tentativa de colocá-lo dentro dos novos padrões republicanos e modernos, coadjuvado por seus auxiliares diretos a exemplo de Antônio de Souza, Manoel Dantas, Pinto de Abreu e Henrique Castriciano, influencias cujas redes de sociabilidades é onde vamos direcionar a nossa pesquisa para entender essas relações que buscavam no geral os mesmos ideais. Esta investigação se enquadra na linha de pesquisa Educação, Literatura e Gênero. Fundamenta-se nos pressupostos de Elias (1994), Chartier (1990), Le Goff (2001); (2010), Bourdier (1996) e Berman (2007). O recorte histórico firmado tem início em 1900 e segue até o ano de 1914, período no qual se passam os seus dois mandatos governamentais. A biografia norteia a análise das fontes que são biografias escrita por contemporâneos, estudos acadêmicos onde apareça o nosso sujeito de pesquisa, embora com outras práticas, correspondências, leis, decretos, mensagens governamentais, regulamentos, fotografias e para configurar a época estudada, além da literatura, os jornais em circulação no período, com destaque para A República (situacionista) e Diário do Natal (oposição), que serão encontrados, em sua grande maioria no Instituto Tavares de Lyra-Macaíba-RN, guardião de uma parte considerável da memória de personagens ligados à República Velha no RN e o Instituto Histórico e Geográfico do RN para algumas coleções de jornais que a Hemeroteca Digital brasileira ainda não tenha disponibilizado. Entendemos que embora político de práticas liberais e empenhado em reformar o sistema educacional potiguar, Alberto Maranhão foi fruto de um momento em que as elites acreditavam realmente na mudança em busca do progresso e da civilização através da instrução pública, laica, gratuita e seriada, em conformidade com o que pregava a propaganda republicana que em tudo queria se distanciar da monarquia, tida como anacrônica e atrasada, visando alcançar um estágio satisfatório de civilização e modernidade que a elite acreditava só se poder alcançar via a instrução pública.