AS ÁRVORES ME COMEÇAM: Estado de sociedade e estado de natureza na poesia de Manoel de Barros
Poesia; Contemporaneidade; Estado de natureza; Estado de sociedade.
Este trabalho tem como foco compreender a dimensão da experiência social na prática artística, especificamente na obra poética de Manoel de Barros. O tratamento da obra desse poeta como produto sociocultural levou-me a perceber nela a recorrência de certos valores e ideias sobre a vida, a natureza, a sociedade, o ser humano e o mundo que, em conjunto, denotam uma ampla “reflexão” acerca da sociedade em que vivemos. Tal “reflexão”, em última instância, traduz-se numa reivindicação de transformação e renovação do mundo que visa conquistar a uma vida melhor e plenamente poética. Isto se dá por meio de uma discussão, em sua poesia, em torno das noções de estado de sociedade e estado de natureza. A ideia central do trabalho é compreender que a distinção entre estado de natureza e estado de sociedade (e de cultura) se faz presente na poesia de Manoel de Barros como um dos elementos basilares na construção de uma crítica social.