DOMINAÇÃO POLÍTICA TRADICIONAL: ascensão, declínio e sobrevivência do poder dos herdeiros de um antigo sistema com raízes no coronelismo na cidade de Petrolina-PE.
DOMINAÇÃO. CORONELISMO. PATRIMONIALISMO. PODER LOCAL. CLIENTELISMO.
O estudo pretende analisar fatos da política sobre a persistente dominação dos herdeiros de um antigo sistema baseado no coronelismo. E a partir de observações empíricas estabelecer os parâmetros desta análise sobre a manutenção do poder de uma só família durante quase seis décadas na cidade de Petrolina, estado de Pernambuco. O estudo pretende também dá um enfoque especial sobre a prática oligárquica supostamente em nome do desenvolvimento regional.
Partindo dessa percepção, utilizando como metodologia a sociologia compreensiva através dos tipos ideais de Max Weber, na busca de respostas para as formações histórica, social e política dos fatos.
No entanto, falamos hoje dos herdeiros dos antigos coronéis, seus familiares que são homens cultos, estudaram em boas universidades e estão em sintonia com o novo paradigma mundial inseridos pelo processo de globalização. E agem em conformidade com o seu tempo, eles sabe muito bem que dominação não significa imposição, embora na prática, trabalhem com muita sutileza as nuances herdada que supunha os seus antepassados. Com isto conseguem uma estabilidade aparente que lhes rendem poder e voto até os dias atuais. Uma prática que não se esgota pura e simplesmente no seu poder de mando, mas propriamente nos ajuste quanto a sua natureza.
Neste sentido, limitando o espaço e tempo a partir do calendário eleitoral para o executivo local compreendido entre os anos de 1988 a 2012. Lócus onde essa nova geração torna-se também sujeito de uma nova aprendizagem, moral, intelectual, afinal de contas, o horizonte no país é democrático, eleições diretas em todos os níveis, concursos públicos, avanços sociais e políticos garantidos pela Constituição de 1988.
Nesses novos tempos, apesar de estarem declinando eleitoralmente, por que essa oligarquia ainda se mantém no poder? Para os novos atores, esses novos tempos têm sido um grande desafio para manutenção do poder familiar, independente de sigla partidária. Nas eleições municipais eles sempre invocam a tradição, como uma fórmula mágica para manter a cidade em “boas mãos”.