Os serviços em reabilitação física no contexto da inclusão: um estudo no Centro de Reabilitação de Adultos – CRA/RN
Inclusão. Deficiência física. Autonomia. Reabilitação tradicional. Reabilitação em saúde pública.
Ao longo do processo histórico, as pessoas com deficiência foram alvo de práticas de abandono, exterminação, segregação, assistencialismo, integração e por fim registra-se a era da inclusão social que vem ganhando expressividade decorrente de amplo processo de luta que vem se materializando em âmbito nacional e internacional. No contexto da deficiência física, mais precisamente no tocante as medidas reabilitadoras, as medidas de proteção social vêm gravitando entre o modelo de reabilitação tradicional considerado hegemônico e de saúde pública. O primeiro apóia-se na concepção da deficiência determinada biologicamente, compreendendo-a como um afastamento de um padrão considerado normal apoiada no saber técnico científico passível de intervenção. O segundo modelo de reabilitação em saúde pública apóia-se na concepção de deficiência determinada socialmente onde as ações e práticas reabilitadoras direcionadas as pessoas com deficiência materializa-se a partir dos conceitos de funcionalidade e desmontes dos processos de exclusão social. Parte-se do princípio de que as práticas reabilitadoras que vem sendo materializadas e tomando como lócus de pesquisa o Centro de Reabilitação de Adultos/RN, são frutos da simbiose entre os dois modelos de reabilitação existentes, que por sua vez compromete o fortalecimento da inclusão social e autonomia dos sujeitos assistidos.