ADAM SMITH VISTO POR ROBERTO CAMPOS: A (RE)CRIAÇÃO DO MITO E AS NECESSIDADES HISTÓRICAS E TEÓRICAS DO CAPITALISMO
Capitalismo. Liberalismo. Mito.
O tema central da dissertação versa sobre Adam Smith. Um autor mundialmente reconhecido e trabalhado debaixo de um leque significativo de enfoques. Até hoje Smith é resgatado quando questões sobre economia-política são trazidas à tona, e assim renovam-se incessantemente sua figura e seu legado. No entanto, a originalidade do que será discutido é atinente ao modo como Smith foi interpretado por um economista brasileiro contemporâneo que dizia abraçar o instrumental discursivo do escocês que viveu no século XVIII. Ele chama-se Roberto de Oliveira Campos. É considerado o patrono do liberalismo nacional – ou o que ele acreditava ser liberalismo. Outra noção relevante que perpassa o texto é a de que Smith serviu como arma ideológica – e suas ideias, neste sentido, foram deturpadas, inclusive por Campos – quando, na viragem dos anos de 1960 para 1970, foi preciso, em âmbito internacional, reformular as relações capitalistas/liberais; conceitos estes que são intimamente congraçados.