Compartimentação da trama estrutural da Bacia Potiguar com base em dados aeromagnéticos e gravimétricos
Compartimentação tectônica; Bacia Potiguar; métodos geofísicos; arquitetura do rifte; herança estrutural.
O estudo a respeito da evolução de uma bacia sedimentar está intrinsecamente relacionado ao estudo de sua trama estrutural pretérita, que pode desempenhar papel fundamental na acomodação de esforços tectônicos na litosfera e influenciar diretamente na arquitetura da bacia.
Para se estabelecer tais conhecimentos, torna-se necessário o mapeamento do embasamento cristalino desta bacia, o qual pode ser feito através do emprego de métodos geofísicos.
Neste trabalho, foram utilizados dados aeromagnéticos e gravimétricos, os quais foram tratados utilizando-se métodos avançados de processamento para um melhor realce dos padrões das anomalias. Os métodos aplicados foram: a) o Matched Filter para a separação dos campos magnético e gravimétrico em três bandas de frequências. Os mapas gerados permitem estudar as assinaturas geofísicas das fontes causadoras em diferentes profundidades em subsuperfície; b) o Gradiente Horizontal, que é um método que delimita as bordas das fontes, equalizando as amplitudes dos sinais de fontes rasas e profundas; e c) a Inclinação do Sinal Analítico, que, por sua vez, contribui para uma melhor delimitação dos lineamentos geofísicos.
Foi possível observar o principal padrão de estruturação do embasamento pré-cambriano da bacia, tanto no interior do rifte, como nas plataformas adjacentes, assim como relacionar as feições observadas nos mapas geofísicos com estruturas mapeadas em superfície e/ou pela sísmica. E por fim, estabeleceu-se domínios geológicos-geofísicos para ambos os conjuntos de dados.