Banca de DEFESA: ANA LUIZA BEZERRA DA COSTA SARAIVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA LUIZA BEZERRA DA COSTA SARAIVA
DATA : 17/11/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet - https://meet.google.com/ixs-rwsu-hdj
TÍTULO:

Fluxo de Carbono e Serviço Ecossistêmico de Regulação em Áreas do Domínio Semiárido da Caatinga, Nordeste Brasileiro

 


PALAVRAS-CHAVES:

Ciclo do carbono; Caatinga; semiárido; serviço de regulação na Caatinga; mitigação; sumidouro de carbono.

 


PÁGINAS: 131
RESUMO:

Este estudo analisou o fluxo de carbono em três áreas preservadas de Caatinga localizadas no Semiárido brasileiro: Serra Negra do Norte (RN), Serra Talhada (PE) e São João (PE). O objetivo foi compreender como a variabilidade climática anual influencia a dinâmica do carbono e o potencial mitigador do serviço ecossistêmico de regulação. Para isso, utilizaram-se torres micrometeorológicas do Observatório Nacional da Dinâmica da Água e do Carbono no Bioma Caatinga (ONDACBC), que permitiram mensurar a produção primária bruta (GPP), a respiração do ecossistema (Reco) e a troca líquida de carbono (NEE). Esses dados foram integrados a variáveis climáticas como precipitação, radiação solar, temperatura do ar, umidade relativa e déficit de pressão de vapor (VPD). Os resultados indicaram que, embora as três áreas apresentem características geográficas e um ritmo climático anual diferente, todas funcionaram como sumidouros anuais de carbono. Em Serra Negra do Norte, a sincronia entre radiação solar e precipitação potencializou a captura, resultando nos maiores valores de sequestro de CO2 (até 25 tCO2 ha−1 ano−1). Serra Talhada apresentou maior sensibilidade à variabilidade climática, com
momentos de emissão temporária, mas manteve um saldo anual negativo de NEE no ciclo anual, atuando como um sumidouro (XX tCO2 ha−1 ano−1). São João destacou-se pelo regime pluviométrico mais regular e pelas temperaturas amenas, que favoreceram a fotossíntese líquida e a eficiência como sumidouro (17 tCO2 ha−1 ano−1). As diferenças na magnitude da captura entre os locais reforçam que a dinâmica do fluxo de carbono está
diretamente associada à interação entre elementos climáticos e condições ambientais. Mesmo em anos classificados como secos, a Caatinga mostrou resiliência, confirmando sua relevância como um dos biomas mais eficientes no sequestro de carbono entre as regiões semiáridas globais e entre os domínicos de natureza do Brasil. Conclui-se que a Caatinga desempenha papel estratégico para a mitigação das mudanças climáticas, oferecendo um serviço ecossistêmico essencial de regulação atmosférica. Esses resultados reforçam a necessidade de políticas públicas voltadas à conservação e restauração da vegetação nativa e da justiça climática, bem como à implementação de programas de pagamento por serviços ambientais que valorizem o potencial mitigador do Semiárido brasileiro.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2966354 - DIOGENES FELIX DA SILVA COSTA
Interno - 3263586 - FRANCISCO JABLINSKI CASTELHANO
Externo ao Programa - 2086472 - BERGSON GUEDES BEZERRA - UFRNExterno ao Programa - 1752417 - CLAUDIO MOISES SANTOS E SILVA - UFRNExterna à Instituição - KEILA RÊGO MENDES - INPA
Externo à Instituição - MAX WENDELL BATISTA DOS ANJOS - TU Berlin
Notícia cadastrada em: 05/11/2025 15:56
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