AS TERRITORIALIDADES DA FESTA JUNINA DE CAMPINA GRANDE-PB
Festa Junina. Territorialidades. Campina Grande.
A festa tem exercido um papel importante na dinâmica das cidades desde a Grécia antiga quando os homens se reuniam para celebrar a fertilidade do solo, rendendo cultos as divindades protetoras das plantações (DEL PRIORE, 2000). Assim sendo, por intermédio dela se tornar profícua as múltiplas ocupações na cidade (GWIAZDZINSKI, 2011). Sobre esse ponto de vista, este trabalho tem como objetivo central compreender as apropriações territoriais mediadas pelas práticas sociais e representações subjetivas na festa junina de Campina Grande na Paraíba. Para alcançar tal finalidade, buscamos embasamento teórico no par dialógico território/territorialidades com base nas postulações de Haesbaert (2014), Paula (2011), Bonnemaison (2002) e Dozena (2009). Os procedimentos metodológicos procedimentais foram baseados na abordagem qualitativa, fazendo uso do diário de campo, observação participante, hemeroteca, entrevistas, diálogos abertos, netnográfia/etnográfia virtual, registros fotográficos e videográficos. Em vista disso, identificamos as territorialidades estabelecidas pelos festeiros, instituições, poder público e iniciativa privada, nas festividades de bairros, celebrações religiosas, na área central da cidade e no Parque do Povo. Por conseguinte, tais resultados possibilitaram a compreensão de que, mesmo em meio ao mercantilismo vigorante no Parque do Povo, os bairros da Bela Vista, Bodocongó, Distrito Industrial, Dinamérica, Jardim Quarenta, Nova Brasília e Santo Antônio resistem a lógica comercial mediante as celebrações eucarísticas, novenas, quermesses, corrida de jegue, apresentações musicais e de quadrilhas.