EFEITO DA MICROGRAVIDADE SIMULADA POR UM CLINOSTATO 2D EM Lemna aequinoctialis Welw.
extrato aquoso, antioxidante, fenólicos, Bradford, poder redutor, atividade bioquímica.
O efeito da microgravidade em plantas ainda é pouco compreendido, e tem sido verificado que sua resposta pode ser muitas vezes variável de acordo com a espécie vegetal utilizada. Neste trabalho nosso objetivo foi de avaliar o efeito da microgravidade simulada em plantas de Lemna aequinoctialis. Esta espécie pertence a subfamília das lentilhas d’água (Leminoideae), e vem sendo considerada importante para a biorremediação e alimentação de peixes, suínos e aves aquáticas. Assim, neste trabalho, foi realizada a exposição da planta L. aequinoctialis à condição de microgravidade simulada por meio de um aparelho clinostato 2D. O experimento foi realizado trabalhando com 3 diferentes rotações por minuto (15, 30, 45 rpm) além do controle (0 rpm), durante dois tempos distintos: 2 e 4 horas. Após os períodos de rotação, o desenvolvimento das plantas foi acompanhado em diferentes momentos durante 0, 5 e 10 dias. Foi avaliado a quantidade proteica, e alguns marcadores antioxidantes bioquímicos como a capacidade antioxidante total (CAT) e o poder redutor, e a quantidade de compostos fenólicos. Para a análise bioquímica, foram preparados os extratos aquosos e então mensurados os efeitos da microgravidade sobre os parâmetros citados. Nas análises antioxidantes foi verificado um aumento em até 3 vezes maior para CAT e poder redutor, tendo tempo de 4 horas como um destaque para esse aumento. Para o ensaio de compostos fenólicos totais observou-se resultados interessantes para as rotações de 45 rpm em 2 horas, nos dias 5 e 10 e 30 rpm para 4 horas no dia 0. Na quantidade proteica foi encontrado valores de até 7 vezes maior que o controle com a rotação de 45 rpm para o tempo de 2 horas. Com base nos resultados obtidos, será importante de avaliar os níveis de alfa tocoferol e do hormônio auxina, assim como medir duas enzimas antioxidantes: catalase e guaiacol peroxidase. Os resultados obtidos até o presente momento permitem vislumbrar que a microgravidade simulada poder ser uma excelente ferramenta para melhorar por exemplo os nutricionalmente esta planta (proteínas e/ou compostos fenólicos) e consequentemente melhorar potenciais aplicações biotecnológicas. Este trabalho representa um passo para compreensão dos mecanismos envolvidos na resposta das plantas à microgravidade, com implicações potenciais significativas para a agricultura, a biotecnologia e a exploração espacial.