FORMAÇÃO CONTINUADA COLABORATIVA COM USO DE TDIC PARA LETRAMENTO ESTATÍSTICO DE ALUNOS SURDOS
Formação de professores. TDIC. Ensino de matemática. Letramento estatístico. Surdo.
O presente trabalho tem como objetivo analisar uma formação continuada com um grupo colaborativo, formado por professor(as) dos anos iniciais do Ensino Fundamental, professor(as) do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e Tradutor(es) e Intérprete(s) de Língua de Sinais (TILS), acerca do desenvolvimento do letramento estatístico, com o uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação - TDIC, para alunos surdos. Os objetivos específicos definidos para isto foram: Identificar os conhecimentos de professores dos anos iniciais, do AEE, do TILS e do estudante surdo sobre os conhecimentos estatísticos; desenvolver formação continuada colaborativa para o desenvolvimento do letramento estatístico, pautado no Ciclo Investigativo PPDAC, tendo como produto final a elaboração de uma sequência didática acessível em Libras; Analisar de forma colaborativa a execução da sequência didática com o aluno surdo. Esses objetivos procuraram responder a seguinte indagação: Como uma formação continuada colaborativa no ensino de Matemática, com professores de alunos surdos e Tradutores Intérpretes de Libras, pode vir a contribuir para o desenvolvimento do letramento estatístico desse alunado numa perspectiva bilíngue? Tendo como arcabouço teórico os estudos de Capelline e Zerbato (2019), Giroux (1988), Nóvoa (1995), Tardif (2007). Trata-se de pesquisa de abordagem qualitativa do tipo colaborativa e paradigma interpretativo, já que, acontece através da construção e interação entre pesquisadora e os sujeitos participantes da pesquisa no contexto escolar e com encontros formativos, diálogos e planejamento de ações na busca de facilitar o processo ensino aprendizagem da matemática. Por fim, são seguidos os procedimentos com base no modelo espiral “RePare”, aplicados instrumentos diagnósticos com professores e alunos participantes da pesquisa, no início do processo, e, ao final, é feita a análise por meio de Instrumento de avaliação da formação aplicada com os professores. Os resultados demonstram que é necessário o engajamento neste tipo de formação por parte dos profissionais da escola, da família e dos órgãos responsáveis por garantir as políticas públicas de inclusão linguística local. Há dificuldade identificada com relação à contratação de intérpretes nas escolas municipais, fato que compromete a inclusão linguística de alunos surdos. Entretanto percebe-se uma abertura para o diálogo na busca de providências para superar as barreiras linguísticas e oferecer formação continuada para os profissionais envolvidos no processo. Como produto deste trabalho foi produzida, de forma colaborativa, uma sequência didática que relaciona brincadeiras do cotidiano do aluno e o letramento estatístico.