Organização do trabalho colaborativo para inclusão
Educação Inclusiva; Aprendizagem Expansiva; Trabalho colaborativo; Formação continuada.
Pensar em uma Educação Inclusiva é buscar ferramentas e estratégias para proporcionar um trabalho que vise a participação e inclusão dos estudantes público alvo da Educação Especial. O trabalho colaborativo entre os profissionais é um dos aspectos que pode auxiliar nesse processo inclusivo. Nesse sentido, busca-se identificar as necessidades em relação à inclusão dos estudantes público-alvo da Educação Especial e ao trabalho colaborativo junto aos professores da Escola Estadual Dom José Adelino Dantas, localizada na Zona Norte de Natal/ RN, e desenvolver uma formação nesse contexto. Assim, é objetivo geral da pesquisa desenvolver, implementar e avaliar uma formação continuada, com vistas à organização do trabalho colaborativo para a inclusão dos estudantes público-alvo da educação especial, junto aos professores do Ensino Fundamental, gestão, coordenação, professores da Educação Especial, intérprete de Libras da Escola. Além de identificar as necessidades formativas em relação à inclusão desses estudantes, como objetivos específicos se estabelece: discutir as estratégias pedagógicas utilizadas pelos professores no trabalho docente com os estudantes; desenvolver, com os professores, estratégias para planejar de forma colaborativa e articulada o trabalho; produzir, a partir das discussões com os professores, material que apoie a organização do trabalho colaborativo para a inclusão. A Teoria Histórico-Cultural e da Atividade é subsídio tanto para a condução da formação, quanto para a fundamentação e reflexões da pesquisa. Tem destaque o conceito de aprendizagem expansiva apresentado por Engeström (2016), cujo objetivo é a reflexão, construção e transformação de um aprendizado coletivo em busca de mudança na atividade desenvolvida pelos sujeitos. A formação continuada foi iniciada em outubro de 2021, teve cinco encontros, realizados de maneira online; ela foi pensada a partir da proposta de intervenção formativa, apresentada por Engeström (2011), e tem como objetivo criar espaços de compartilhamento e construção de aprendizagens para a organização do trabalho colaborativo. Trata-se, assim, de pesquisa colaborativa que tem na formação o lócus principal de produção dos dados; também serão realizadas entrevistas semiestruturadas com os profissionais da instituição após a conclusão do processo formativo, visando refletirmos sobre os impactos que esse processo teve na estruturação de sua práxis pedagógica. A formação terá continuidade em 2022, visando aprimorar as discussões já iniciadas na busca coletiva para a resolução dos problemas do cotidiano desses professores e da produção de conhecimento coletivo aplicável ao dia a dia dos mesmos.