Avaliação da resposta Th1, Th2 e Th17 e molécula de checkpoint HLA-G em mulheres com infertilidade
Infertilidade; FIV; HLA-G; Citocinas.
Avaliar os níveis de citocinas do perfil Th1, Th2 e T17 e a expressão sistêmica da molécula checkpoint HLA-G em mulheres submetidas à fertilização in vitro (FIV). Neste estudo, foram incluídas 69 mulheres estratificadas em dois grupos: o grupo caso (n=39), composto por mulheres com diagnóstico de infertilidade submetidas à FIV e o grupo controle (n=30), formado por mulheres que apresentaram pelo menos uma gestação com nascido vivo. A detecção de citocinas foi realizada no Fluido Folicular (FF) e no soro das mulheres do grupo FIV através do kit Cytokine Bead Assay (CBA) e a molécula HLA-G foi quantificada no sangue periférico de todas as participantes do estudo utilizando anticorpo anti-HLA-G conjugado com PE(1:100, Clone MEM-G/9, GeneTex). Em ambos os testes, foi utilizada a citometria de fluxo como técnica de quantificação. Houve uma maior quantidade de IL-17 (p= <0.0011), IL-10 (p= 0.0003), IL-6 (p = 0.0008), IL-4 (p= 0.0011) e IL-2 (p= 0.0007) no soro das pacientes do grupo FIV comparado ao grupo controle, bem como uma maior quantidade de IL-17 (p= <0.0001), IL-10 (p= <0.0001), IL-6 (p = <0.0001), IL-4 (p= <0.0001) e IL-2 (p= 0.0006) no FF em comparação ao soro no grupo das mulheres inférteis. Houve menor expressão de HLA-Gnos linfócitos (p= < 0,001) e granulócitos (p= 0,008) do grupo FIV em relação ao grupo controle. Linfócitos HLA-G+ apresentaram correlação com a taxa de fertilização (p= 0,0134). O aumento de citocinas Th17 e Th2, a diminuição da expressão dos níveis de HLA-G e a correlação entre linfócitos HLA-G+ com a taxa de fertilização durante a FIV, indicam importante papel dessas moléculas na modulação imunológica no contexto da infertilidade.