AVALIAÇÃO DO ASSOALHO PÉLVICO DE GESTANTES E PUÉRPERAS ATRAVÉS DA ULTRASONOGRAFIA TRANSPERINEAL E DA ELETROMIOGRAFIA DE SUPERFÍCIE: UMA REVISÃO DE LITERATURA.
Gravidez. Assoalho pélvico. Ultrassonografia transperineal. Eletromiografia de superfície.
A gravidez pode causar danos ao assoalho pélvico (AP), aumentando a atividade do colo vesical e resultando em um deslocamento da bexiga para baixo, que pode resultar em incontinência urinária e prolapsos de órgãos pélvicos. Entretanto, a maioria dos profissionais que atuam na assistência ao pré-natal, parto e pós-parto desconhece que existem exames eficazes e seguros capazes de detectar alterações pélvicas na gravidez e após o parto. Portanto, essa revisão visa atualizar as evidências sobre o uso da ultrassonografia transperineal (UST) e da eletromiografia de superfície (EMGs) na avaliação do AP em gestantes e puérperas. A seleção dos estudos publicados entre 2019 e 2023 foi realizada nas bases Medline, PubMed, Lilacs, SciELO e Cochrane Library. Foram incluídos 24 artigos, sendo 22 estudos observacionais e 2 ensaios clínicos. Na maioria deles, os resultados suportam que as tecnologias são capazes de avaliar musculatura e demais estruturas da pelve em grávidas e puérperas com segurança em todos os trimestres gestacionais e até 90 dias pós-parto. UST e EMGs, apesar de não disponíveis na assistência a gravidez e ao puerpério do sistema único de saúde brasileiro, são ferramentas auxiliares e seguras para avaliação do AP durante o ciclo gravídico puerperal e com potencial de permitirem o diagnóstico precoce de alterações em componentes da pelve feminina que podem evoluir para doenças.