AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE FADIGA DE MULHERES NO PUERPÉRIO
Qualidade de vida; Pós-parto; Puérperas.
A fadiga pós-parto é a diminuição da capacidade física e mental após o parto
associada a falta persistente de energia, deficiências na concentração e
atenção que não são facilmente aliviadas pelo repouso ou sono. Observa-se
que fatores demográficos, história individual, características do pré-natal e
pós-natal podem influenciar a experiência de mulheres e suas famílias. A
prevalência da fadiga no pós-parto ainda não foi estudada extensivamente e
é considerado um sintoma inevitável, temporário e frequentemente
vivenciado. Este estudo objetiva avaliar o nível de fadiga física e mental de
mulheres no puerpério imediato e tardio e associar a fatores
sociodemográficos e obstétricos. Por meio de um estudo prospectivo de
característica longitudinal, serão investigadas 384 mulheres. As avaliações
ocorrerão no pós-parto imediato (entre 24-48 horas) e no puerpério tardio (no
1° mês e 3°mês após o parto) e uma ficha de avaliação será aplicada na
primeira avaliação juntamente com três questionários para avaliação da
fadiga: formulário Global Short Form (GSF) de saúde global auto relatada do
Sistema de informação de Medição de Resultados pelo paciente (PROMIS),
inventário multidimensional de fadiga (MFI) e pictograma de fadiga. O nível
de significância estatística adotado será de p<0,05. Para testar a
normalidade será utilizado o teste de Kolmogorov Smirnov. A estatística
descritiva será utilizada com médias, medianas, desvio padrão, percentis e
frequências a depender da distribuição de normalidade dos dados. A
correlação de Spearman ou de Pearson, o teste t-Student não pareado ou
Mann-Whitney e a regressão múltipla poderão ser utilizados para relacionar,
comparar e associar as relações entre as variáveis. Espera-se que que
mulheres submetidas ao parto cesárea, multíparas e com índice de massa
corporal (IMC) elevado apresentem maior nível de fadiga física e mental
quando comparadas a mulheres submetidas ao parto vaginal, nulíparas e
que apresentem IMC normal. Também se espera que mulheres que não
possuam assistência familiar no pós parto apresentem maior fadiga física e
mental quando comparadas as que possuem assistência.