Banca de QUALIFICAÇÃO: LARESSA CARDOSO BARBOSA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LARESSA CARDOSO BARBOSA
DATA : 13/09/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Google Meet: https://meet.google.com/uut-psfj-fgm
TÍTULO:

Qualidade de vida em disfagia e performance funcional de pacientes oncológicos em cuidados paliativos


PALAVRAS-CHAVES:

transtornos de deglutição; qualidade de vida; cuidados paliativos; oncologia; neoplasias; estado funcional.


PÁGINAS: 50
RESUMO:

A funcionalidade em pacientes oncológicos é afetada tanto pela evolução da doença quanto pelo tratamento em si de pacientes que estejam ou não em cuidados paliativos. Sabe-se que o avanço do câncer pode desencadear a disfagia e provocar impacto negativo na qualidade de vida. A hipótese desse estudo é que o grau de funcionalidade se correlaciona com a percepção do quanto a disfagia impacta na qualidade de vida. Objetivo: Correlacionar a performance funcional e impacto da disfagia na qualidade de vida de pacientes oncológicos em cuidados paliativos. Método: Estudo transversal e quantitativo, aprovação pelo CEP nº 6.169.276. A coleta foi realizada no ambulatório e enfermaria de oncologia de um hospital. Critérios de inclusão: diagnóstico oncológico, idade igual ou superior a 18 anos e resposta positiva à pergunta: “você tem dificuldade ou problema para engolir?”. Critérios de exclusão: diagnóstico de câncer de cabeça e pescoço, impossibilidade de responder questionários devido a sintomas descontrolados e/ou sonolência, não completar os intrumentos e indivíduos em processo ativo de morte. Foram aplicados dois instrumentos em suas versões para o português brasileiro. A Palliative Performance Scale (PPS) para avaliação da performance funcional, que avalia deambulação, atividade e evidência da doença, autocuidado, ingesta e nível de consciência, seu resultado máximo é 100 (sujeito sem evidência de doença) e o mínimo é 0 (indica a morte). O M. D. Anderson Dysphagia Inventory (MDADI) possui domínio global, físico, emocional e funcional, para identificar o efeito da disfagia na qualidade de vida. Sua pontuação é de 0 a 100 e quanto menor o valor, maior grau de limitação. A análise das variáveis foi realizada com base na estatística descritiva e inferencial, por meio da correlação de Pearson, em nível de significância de 5%. Resultados: A amostra composta por 39 participantes, idades entre 45 e 88 anos (média de 65,36 anos; ±10,89), dos quais 24 (61,5%) eram mulheres. As localizações mais frequentes de neoplasia foram: pâncreas (n=7; 13,7%), fígado (n=5; 9,8%) e estômago (n=4; 7,8%). As médias dos escores da PPS e do MDADI foram 66,15 (±15,15) e 61,90 pontos (±12,62), respectivamente. O resultado da PPS indicou que a média dos pacientes apresentou deambulação reduzida, incapacidade para trabalhar, porém com independência no autocuidado, nível de ingesta e consciência completos e o MDADI grau médio de limitação. Pacientes ambulatoriais apresentaram correlação moderada (r=0,397; p=0,033) entre o resultado do MDADI e nível de funcionalidade pela PPS. Em relação a distribuição por gênero, as mulheres apresentaram diminuição da pontuação total do MDADI e no domínio emocional conforme aumento da idade (r= - 0,435; p=0,034) e (r= -0,491; p=0,015), respectivamente. Ainda, mulheres apresentaram diminuição no domínio emocional e físico conforme diminuição do resultado da PPS (r= 0,408; p= 0,048) e (r= 0,424; p= 0,039). Houve correlação negativa e moderada entre o escore da PPS e idade (r = -0,358; p=0,025), sendo mais evidente entre as mulheres (r = -0,566; p=,004). Conclusão: Pacientes oncológicos do ambulatório de cuidados paliativos apresentaram correlação entre performance funcional e o impacto da disfagia na qualidade de vida.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - RENATA LIGIA VIEIRA GUEDES
Presidente - 1753208 - HIPOLITO VIRGILIO MAGALHAES JUNIOR
Notícia cadastrada em: 28/08/2023 08:50
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