Projeto Pedagógico do Curso

O Fisioterapeuta atua nos três níveis de atenção á saúde (prevenção, cura e reabilitação) visando a totalidade bio-psico-social do indivíduo, que envolve, dentre outras ações: avaliar o cliente; prescrever, planejar e executar o tratamento, manipulando, suportando, resistindo, inibindo e estimulando o cliente; encaminhar o cliente para terapias paralelas; cooperar com outros profissionais de saúde em equipes multiprofissionais.

 GERAIS
      Tomando como base a formação generalista, humanística e técnico-científica, a proposta pedagógica do curso possibilita ao profissional os conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades gerais:
Atenção à saúde:
 estar apto a desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção, habilitação e reabilitação da saúde, tanto em nível coletivo quanto individual, assegurando que sua prática seja realizada de forma integrada e contínua com as demais instâncias do sistema de saúde, nos vários níveis de atenção;
 realizar a prática profissional de acordo com os princípios da ética/bioética, qualidade e humanização nas ações de saúde;
Tomada de decisões (planejamento e gestão):
 desenvolver competências e habilidades para avaliar, sob os critérios de eficácia e custo-efetividade, práticas de controle de pessoal, de equipamentos e procedimentos, analisando, sistematizando e decidindo sobre os procedimentos mais adequados, fundamentado em evidências científicas;
Comunicação:
 comunicar-se com pacientes (usuários), profissionais da saúde e com a comunidade, de acordo com preceitos ético-legais, mantendo a confidencialidade das informações a eles confiada na interação com outros profissionais de saúde e o público em geral;
 acompanhar, propor e incorporar inovações técnico-científicas da comunicação e da informação;
Liderança:
 trabalhar em equipes interdisciplinares e junto à população, assumindo uma posição de liderança, comunicação e gerenciamento de maneira efetiva e eficaz;
 atuar como agente de promoção de saúde com responsabilidade, compromisso, empatia e comunicação;
Administração e gerenciamento (planejamento e gestão):
 assumir atitudes de empreendedorismo, administrando e gerenciando a força de trabalho e os recursos físicos, materiais e de informação;
 adotar procedimentos de administração dos equipamentos e das práticas de saúde de forma eficaz, eficiente e efetiva;
Educação permanente:
 Interessar-se pelo aprendizado continuado, tanto na sua formação, quanto na sua prática. Desta forma, os profissionais de saúde devem aprender a aprender e ter responsabilidade e compromisso com a sua educação e o treinamento/estágios das futuras gerações de profissionais, mas proporcionando condições para que haja benefício mútuo entre os futuros profissionais e os profissionais dos serviços, inclusive, estimulando e desenvolvendo a mobilidade acadêmico/profissional, a formação e a cooperação por meio de redes nacionais e internacionais;
     O discente do curso de graduação em fisioterapia deverá ser capaz de desenvolver, aprimorar e manter suas competências, habilidades e atitudes, observando o saber ser: reconhecimento de suas condições e limitações humanas, técnico-científicas, para interagir com outros profissionais e com a comunidade; saber conhecer: desenvolvendo a capacidade de absorver e produzir conhecimentos inerentes à profissão; saber social: considerando a saúde como um produto social; saber fazer: desenvolvendo habilidades técnicas e relações humanas específicas para avaliar, diagnosticar, prevenir e tratar o indivíduo e/ou a coletividade em sua saúde nos aspectos cinético-funcionais.
     O discente deverá ser capaz de realizar investigações em vigilância em saúde, nas suas quatro vertentes: epidemiológica, ambiental, sanitária e em saúde do trabalhador, utilizando-as como eixo norteador do planejamento, gestão, assistência e avaliação dos sistemas de saúde.

       Como abordado no modelo pedagógico, a autonomia dos docentes na construção do conhecimento com seus respectivos alunos será criteriosamente respeitada e as alternativas para que o processo de ensino e aprendizagem devem ser baseadas no pensamento crítico e no desenvolvimento da capacidade de reconhecer e ser resolutivos na realidade dos problemas. Portanto, o fisioterapeuta em formação e o egresso necessitam ter atuação transformadora através da prática social.
       Trabalhar nessa direção objetiva favorecer situações de ensino-aprendizagem contextualizadas em que novos conteúdos serão objetos de ensino de forma articulada, com coerência lógica e que sejam potencialmente significativos; para isso, é fundamental considerar o que os alunos já sabem, articulando-se a partir daí, a interação entre os conhecimentos já presentes na estrutura cognitiva do aluno e as novas informações.
O acadêmico constrói o seu conhecimento a partir da reflexão e do questionamento da sua prática; sendo assim, a sua participação no processo de formação deve ser ativa, criativa e crítica, num exercício contínuo, sendo capaz de realizar análise, interpretação e síntese do objeto a ser aprendido, tendo o compromisso com a sua formação.                Deve conhecer o que sabe, como sabe, porque sabe e transmitir o que sabe a terceiros.
O professor deve portar-se como orientador, guia do processo de aprendizagem, questionador e provocador da realidade e do conhecimento, facilitador da busca de respostas e fomentador das atividades de ensino, baseado na exposição de conteúdo, na proposição de tarefas, exercícios e práticas. E a partir do referencial pedagógico adotado, executar a avaliação do processo de aprendizagem, seja no curso das ações ou após cada etapa. O docente deve valorizar o estudante enquanto agente do seu processo de formação e não apenas como receptáculo de teorias; deve compreender o sujeito enquanto resultado das inter-relações sociais e produto da complexa interação entre o meio e a sua história individual.
         Considerando a sistematização dos conhecimentos como meio eficaz de possibilitar a análise e reflexão sobre a realidade, o docente deve propor e acompanhar os métodos de investigação e de exploração, de forma a buscar respostas aos problemas apresentados, sejam teóricos ou práticos, especialmente os relacionados à saúde humana, seus determinantes e 21 suas inúmeras condições. A articulação dos saberes deve nortear a prática docente, de forma que o estudante possa apreender o conteúdo a partir de associações, aproximações e reflexões entre o conteúdo apresentado e a realidade existente na sua região/realidade, sendo o maior propósito dessas ações a qualificação do sujeito enquanto agente proficiente na transformação dos contextos em saúde os quais estarão presentes em seu cotidiano, seja como estudante ou como futuro profissional de saúde.
         Finalmente, o docente tem como responsabilidade apresentar as diversas formas de investigação científica, compreendendo que a atuação do profissional de saúde exige a sua qualificação enquanto pesquisador seja individualmente, na clínica, ou coletivamente na Saúde Coletiva. De fato, além de exímio investigador, o profissional de saúde deve ser um tradutor competente, um planejador sistemático e um avaliador contundente, uma vez que a sua atuação depende da capacidade de transformar a história dos usuários, os sinais, sintomas e a realidade social na qual está inserido, em um diagnóstico capaz de nortear todas as suas ações, ações essas que devem ser organizadas e avaliadas quanto à sua eficiência e eficácia. Dentro desta mesma perspectiva, o incentivo por práticas de iniciação a docência, pesquisa científica, ações de extensão devem ser integradas em todo o processo de formação de modo a permitir interface do estudante com os mais diversos contextos sociais no sentido de oferecer a construção do conhecimento a partir da realidade na qual atuará enquanto agente promotor de ações de saúde.

O acompanhamento e a avaliação deste PPC pressupõem um processo de gestão democrático, participativo e co-responsável, abrangendo professores, estudantes e corpo técnico-administrativo da UFRN. A avaliação do novo currículo será feita de forma sistemática e contínua, através de:
 Reuniões sistemáticas para planejamento e avaliação dos períodos letivos, com participação dos professores, representantes dos profissionais envolvidos com a formação dos estudantes e representantes discentes do curso;
 Fóruns anuais de discussão, propiciando a participação dos atores envolvidos, para discutir os problemas da formação e das necessidades de saúde da comunidade onde atua a UFRN;
 Aplicação de questionários de avaliação dos componentes curriculares e professores, conforme o estabelecido pela Comissão Própria de Avaliação da UFRN (CPA-UFRN);
 Entre outros;
Os ajustes nestes instrumentos de avaliação, que por ventura sejam necessários, ou a seleção de outros mecanismos de avaliação podem ser utilizados, desde que sigam os preceitos legais previstos no Estatuto e Regimento Interno da UFRN e, principalmente, respeitando o acordado neste projeto pedagógico.

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