“A noite está tépida. O céu já está
Salpicado de estrelas. Eu que sou
Exótica gostaria de recortar um pedaço do céu para fazer um vestido.
(Quarto de despejo – Carolina Maria de Jesus)
Os ENCONTROS DIALÓGICOS DECOLONIAIS: VIDAS E VOZES QUE IMPORTAM consistem numa ação de extensão integrada às atividades do Amaru-Observatório Latino Americano de Comunicação, Mídias e Direitos Humanos, projeto de pesquisa do grupo Ecomsul – Epistemologias e Práticas Transformadoras em Comunicação, Mídias e Cultura; do DesCom - Epistemologias Subalternas, Epistemologias Não Essencialistas e Comunicação, projeto de pesquisa e grupo de estudos; e do grupo de pesquisa em Convergência e Narrativas Audiovisuais - CONNAU. Essa ação pretende contribuir com o processo de enfrentamento das desigualdades e discriminações históricas contra as mulheres, recrudescidas no atual cenário da pandemia do Covid-19, direcionando o foco ao tema central FEMINISMOS E DECOLONIALIDADE.
Não é possível compreender o mundo atual sem ouvir as contribuições das lutas feministas, na sua diversidade histórica, social, política, econômica, cultural, territorial, sexual; como não vamos enxergar o sul sem as lentes da decolonialidade. Portanto, não há transformação possível, outro projeto de sociedade possível, outro mundo possível, outra América Latina possível, outro Brasil possível, se trafegarmos à margem dos FEMINISMOS E DA DECOLONIALIDADE. Assim, nos meses de março e abril, mulheres negras, indígenas, trans, com deficiência, mulheres na sua profunda diversidade, vão dialogar saberes, lutas, resistências, desafios, conquistas e utopias.
Portanto, a escolha por realizar os Encontros Dialógicos Decoloniais: Vidas e Vozes que importam – Feminismos e Decolonialidade - surge no bojo do agravamento das violações dos direitos humanos das mulheres no continente americano. A pandemia expôs, como nunca, a ferida colonial das discriminações e das desigualdades de gênero, étnico/raciais, de classe e sexo, em todas as dimensões dos direitos humanos, civis, políticas, econômicas, sociais, culturais, ambientais, sexuais e comunicacionais. A temática escolhida visa, de igual maneira, contribuir com a produção de conhecimento crítico sobre uma América marcada pelo sangue dos corpos de mulheres negras e indígenas, sobre um conceito de humanidade construído a partir da opressão e exploração das mulheres periféricas/do sul do mundo; e sobre uma experiência de “comunicação” forjada nos silêncios e invisibilidades impostas a essas mulheres .
PROGRAMAÇÃO (março/abril)
10/03. ENCONTROS DIALÓGICOS DECOLONIAIS: VIDAS E VOZES QUE IMPORTAM –
Feminismos e Decolonialidade
17/03. ENCONTROS DIALÓGICOS DECOLONIAIS: VIDAS E VOZES QUE IMPORTAM –
Feminismos: as contribuições das mulheres negras e indígenas
24/03. ENCONTROS DIALÓGICOS DECOLONIAIS: VIDAS E VOZES QUE IMPORTAM –
Feminismos: o lugar das mulheres com deficiência
31/03. ENCONTROS DIALÓGICOS DECOLONIAIS: VIDAS E VOZES QUE IMPORTAM
Transfeminismo e Decolonialidade
07/04. ECONTONTROS DIALÓGICOS DECOLONIAIS: VIDAS E VOZES QUE IMPORTAM -
Gênero e Violência Institucional
Estudantes e pesquisadores de graduação e pós-graduação da Comunicação e das ciências humanas e sociais em geral
Movimentos sociais, profissionais das mídias, integrantes do sistema de justiça, defensoras e defensores de direitos humanos
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