Segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) o suicídio é responsável por uma morte a cada 40 segundos no mundo. Sendo assim, a OPAS/OMS reconhece o suicídio e as tentativas de suicídio como uma prioridade na agenda global de saúde e incentiva os países a desenvolverem e reforçarem suas estratégias de prevenção com uma abordagem multisetorial, quebrando os estigmas e tabus que existem sobre o assunto. Ainda de acordo com a OPAS/OMS cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano, sendo a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos no mundo, em 2012. Para cada suicídio, há um número bem maior de indivíduos que tentam o suicídio. A tentativa prévia é o fator de risco mais importante para o suicídio na população em geral. A Organização alerta que o suicídio é um fenômeno presente em todas as regiões do mundo, sendo que 75% dos casos de suicídio ocorreram em países de baixa e média renda, no ano de 2012. Trata-se, portanto, de um grave problema de saúde pública. Embora a relação entre suicídio e transtornos mentais - em particular, depressão e abuso de álcool - esteja bem estabelecida em países de alta renda, vários suicídios ocorrem de forma impulsiva em momento de crise, como por exemplo um colapso na capacidade de lidar com os estresses da vida – tais como problemas financeiros, términos de relacionamento ou dores crônicas e doenças - afirmou a organização. Importante salientar que o enfrentamento de conflitos, desastres, violência, abusos ou perdas e um senso de isolamento estão fortemente associados com o comportamento suicida. As taxas de suicídio também são elevadas em grupos vulneráveis que sofrem discriminação, como refugiados e migrantes; indígenas; lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais (LGBTI); e pessoas privadas de liberdade. Segundo a OPAS/OMS, o suicídio é uma questão complexa e os esforços de prevenção necessitam de coordenação e colaboração entre os múltiplos setores da sociedade. Esses esforços devem ser abrangentes e integrados, pois apenas uma abordagem não pode impactar em um tema tão complexo quanto o suicídio. Quando ao Brasil, de 2011 a 2016 foram notificados 48.204 casos de tentativas de suicídio. Sendo 69% dos casos em mulheres e 31% em homens. Mulheres são mais reincidentes na tentativa de suicídio, enquanto os homens morrem mais por suicídio. No período de 2011 a 2015, foram registrados 55.649 óbitos por suicídio no Brasil, com uma taxa geral de 5,5/100 mil hab., variando de 5,3 em 2011 a 5,7 em 2015. O risco de suicídio no sexo masculino foi de 8,7/100 mil hab., sendo aproximadamente quatro vezes maior que o feminino (2,4/100 mil hab.). Em ambos os sexos, o risco aumentou, ao longo do período, passando de 8,4 para 9,1/100 mil hab. no sexo masculino e de 2,3 para 2,5/100 mil hab. no feminino. Mortalidade em idosos com mais de 70 anos é mais prevalente. Independentemente do sexo, as maiores taxas de suicídio foram observadas na faixa etária de 70 e mais anos (8,9/100 mil hab.). Indígenas apresentam maiores índices de mortalidade (15,2/100 mil hab.), sendo que 44,8 % dos suicídios foram cometidos por adolescentes na faixa etária de 10 a 19 anos.
Fontes consultadas:
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5221:grave-problema-de-saude-publica-suicidio-e-responsavel-por-uma-morte-a-cada-40-segundos-no-mundo&Itemid=839
https://nacoesunidas.org/oms-suicidio-e-responsavel-por-uma-morte-a-cada-40-segundos-no-mundo/
Perfil Epidemiológico das tentativas e óbitos por suicídio no Brasil e a rede de atenção à saúde. Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, ano 2017.
Debate sobre o tema: Prevenção do suicídio: o que sabemos, o que estamos fazendo e o que ainda podemos fazer.
8:00-8:20 – Realização das inscrições
8:20 – Formação da mesa
8:30 – Início das falas ministradas pelos convidados:
- Profa Dra. Elza Maria do Socorro Dutra (Profa do Departamento de Psicologia da UFRN)
- Dr. Adriano Marcos Araujo de Souza (Psiquiatra da SMS do município de Natal)
- Glauber Weder dos Santos Silva (Enfermeiro. Doutorando em Enfermagem. Bolsista CAPES.)
- Maria da Conceição Araújo Valença (Psicóloga do CAPS III da SMS do Município de Natal)
11:00 – Debate com o público
12:00- Encerramento
Discentes da ESUFRN e demais departamentos da UFRN
Trabalhadores da Rede de Atenção Psicossocial do Município de Natal/RN
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