O GEOZINE: UMA LINGUAGEM TRANSITIVA NA LEITURA DO LUGAR E DA PAISAGEM PARA OS CONTEÚDOS GEOGRÁFICOS
Geozine. Ensino de Geografia. Linguagem. Paisagem. Lugar
A escola, como instituição social, cidadã e formadora requer inovações para atender as necessidades do aluno que chega ao espaço educacional. As informações estão cada vez mais disponíveis e o acesso a diferentes linguagens se faz uma realidade. No entanto, evidencia-se carências significativas dos discentes em competências, como: compreender, contextualizar e relacionar. O professor de geografia levado para esse cenário é desafiado a criar estratégias de ensino que induzam o aluno a experimentar a geografia escolar como um campo aberto à inovação e com as diferentes linguagens que estão no cotidiano. Desta forma, a pesquisa propõe um estudo sobre estratégias de ensino para os conteúdos geográficos escolares, tendo o Geozine como fonte para o seu desenvolvimento. Diante disto, as questões que se impõem são: como o Geozine se configura uma linguagem transitiva para ensinar geografia no contexto escolar? Como a linguagem do Geozine se configura uma estratégia didático-pedagógica para ensinar sobre as noções de lugar e paisagem? Quais competências e habilidades são estimuladas por meio do Geozine no processo do ensino e da aprendizagem? A partir desses questionamentos o propósito central desta pesquisa é compreender o Geozine como uma linguagem transitiva que se comporta como uma estratégia didática-pedagógica para o ensino da Geografia escolar. Essa compreensão se dar a partir da exploração das noções de lugar e de paisagem, tendo como foco os professores de geografia da Escola Municipal Francisca Avelino, Escola Estadual Professora Clotilde de Moura Lima e a Escola Estadual Joaquim Nabuco, instituições de ensino público da cidade de Taipu-RN. Metodologicamente, a investigação se desenvolveu inicialmente a partir de uma pesquisa exploratória sobre a realidade escolar e sobre o ensino de geografia em fontes secundárias: IBGE, MEC e Censo Educacional. Em seguida foi realizada uma exploração in loco, nas unidades escolares da cidade. Para dar prosseguimento ao estudo realizamos o aprofundamento do referencial teórico a partir da seleção de autores que abordam temas sobre a língua, linguagem e comunicação: Bakhtin (1992), Duarte (2005), Fiorin (2005), Gadamer (2002; 2008), Vygotsky (1934) e as interfaces com as linguagens didáticas no ensino da geografia: Callai (2001; 2004), Claval (2002; 2007), Kaercher (2004), Pontuschka, Paganelli e Cacete (2007), bem como, autores relacionados as noções de lugar e da leitura da paisagem: Sauer (1982), Suertegaray (2000), Tuan (1983) e por fim, autores como: Magalhães (1993), Nascimento (2010) e Silva (2018) sobre o Fanzine e a confecção da estratégia Geozine.