Determinação da energia de ativação e pureza de medicamentos de referência, genérico e similar utilizando técnicas termoanalíticas.
Termogravimetria, Calorimetria exploratória diferencial, cinética, pureza, medicamentos.
Neste trabalho, os medicamentos de referência, genérico e similar com os princípios ativos Ácido Acetil Salicílico, Paracetamol, captopril, hidroclorotiazida e mebendazol foram adquiridos em farmácias locais e estudados por Termogravimetria (TG) e Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC). A decomposição térmica foi avaliada objetivando obter a partir do Método de Ozawa a energia de ativação, em atmosfera inerte (de nitrogênio), utilizando três razões de aquecimento distintas (5, 10 e 20 oC min-1). A formulação farmacêutica do AAS de referência foi o único que apresentou perfil termogravimétrico diferente dos demais (genérico e similar) indicando, provavelmente interação entre os excipientes e o princípio ativo. Foi observado no gráfico do log da razão de aquecimento pelo inverso da temperatura que não houve linearidade dos dados, isto é, não houve correlação entre os percentuais de perda de massa e a energia de ativação envolvida na decomposição térmica da formulação farmacêutica do AAS de referência. A análise por calorimetria exploratória diferencial foi realizada em atmosfera de nitrogênio, com razão de aquecimento de 10°C min-1. Na análise destes mesmos medicamentos, os dados das curvas encontradas sobre o ponto de fusão foram, exceto para a hidroclorotiazida, são condizentes com a literatura. A hidroclorotiazida apresentou um ponto de fusão bastante inferior ao encontrado na literatura, o que pode ser justificado devido à interação do princípio ativo com o excipiente lactose. No estudo da pureza, utilizando a equação de Van’t Hoff , os medicamentos de hidroclorotiazida de referência e mebendazol de referência, genérico e similar apresentaram teor de impureza acima do limite estabelecido nesta equação que deve ser superior a 2,5 % mol.