ASSOCIAÇÃO ENTRE BIOMARCADORES INFLAMATÓRIOS E O PADRÃO DIETÉTICO DE MENINOS COM DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE
Padrão inflamatório dietético empírico ; Citocinas Inflamatórias ; Consumo Alimentar; Distrofia Muscular
A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é uma condição neuromuscular progressiva grave, caracterizada por comprometimento ortopédico, cardíaco e respiratório, frequentemente cursando na morte prematura do indivíduo acometido, e atualmente não possui cura. A inflamação desempenha um papel crucial na evolução da doença, com altos níveis de marcadores inflamatórios, como IL-1β, TNF-α e IL-6, documentados na literatura em pacientes com DMD. Embora pesquisas anteriores tenham sugerido que certos nutrientes e alimentos podem influenciar a inflamação sistêmica, as correlações específicas entre o padrão alimentar desses pacientes e os marcadores inflamatórios ainda não são bem compreendidas. O objetivo deste estudo foi investigar a possível associação entre o padrão empírico da dieta (EDIP) e as citocinas inflamatórias IL-1β, TNF-α e IL-6 em pacientes com DMD. A amostra consistiu em 32 pacientes, com uma média de idade de 12,69 ± 5,09 anos. Não foi observada uma correlação estatisticamente significativa entre o EDIP e as dosagens de citocinas inflamatórias, com valores de p de 0,571 para TNF-α, 0,634 para IL1-β e 0,986 para IL6 nos testes realizados. A mediana do EDIP foi de -1,042 ± 2,05, indicando uma dieta considerada anti-inflamatória. O tamanho amostral limitado devido à raridade da condição, à complexidade da fisiopatologia da doença e às variações nos hábitos alimentares da amostra podem explicar a ausência de correlação entre as variáveis. Apesar da falta de uma associação direta, esses resultados oferecem resultados importantes para uma compreensão mais abrangente dos fatores envolvidos na progressão da DMD.