Banca de QUALIFICAÇÃO: MABELLE ALVES FERREIRA DE LIMA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MABELLE ALVES FERREIRA DE LIMA
DATA : 13/06/2017
HORA: 08:00
LOCAL: Sala de aula 07 do Departamento de Nutrição - DNUT/UFRN.
TÍTULO:

Status de vitamina D em indivíduos submetidos ao transplante renal: um estudo longitudinal.

PALAVRAS-CHAVES:

Vitamina D, transplante renal, albuminúria.

PÁGINAS: 61
RESUMO:

A hipovitaminose D tem sido um achado frequente em doentes renais, e em indivíduos transplantados, pode causar a progressão da albuminúria, potencializando o declínio na função renal e o risco de perda do enxerto. O objetivo desse estudo é avaliar o status de vitamina D em indivíduos submetidos ao transplante renal no tempo zero, 3 meses e 6 meses pós-transplante. Trata-se de um estudo longitudinal desenvolvidos com indivíduos submetidos ao transplante renal, atendidos no Ambulatório de Nefrologia do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Os participantes foram avaliados no tempo zero, 3 e 6 meses pós-transplante, sendo submetidos a avaliação antropométrica, exposição solar, consumo alimentar, avaliação bioquímica, dosagem de 25-hidroxivitamina D [25(OH)D] e coleta de urina para avaliar a relação da albumina:creatinina (RAC). Em relação as análises estatísticas, os valores foram expressos em mediana (intervalo interquartil). Foi realizado o teste de Kolmogorov-Smirnov para verificar a normalidade das variáveis quantitativas, e para as comparações entre os grupos foram aplicados os testes de Mann Whitney. Para as análises de correlação, foram realizadas pelos testes de Spearman, e o teste qui-quadrado foi utilizado para testar as variáveis categóricas. Análises de regressão múltipla foram aplicadas para identificar as variáveis que apresentam associação independente com a RAC. Foram estudados 28 indivíduos com a mediana de idade de 47 anos (variando entre 35 e 57 anos), a maioria do sexo masculino (n = 16; 57,1%) e da etnia pardo/mulata (n = 22; 78,6%). Não houve diferença estatística entre os valores do Índice de Massa Corporal (IMC) e entre os grupos de classificação do estado nutricional entre os três tempos avaliados, predominando a classificação de eutrofia em todos os momentos. As variáveis relacionadas ao consumo alimentar também não foram diferentes estatisticamente. O consumo de energia, carboidratos, lipídios e vitamina D permaneceu, na sua maioria, abaixo do recomendado, enquanto que proteínas e fibras estiveram em excesso. Foi observada uma piora do perfil glicêmico e melhora da função renal e do perfil lipídico ao longo do seguimento. Houve uma predominância de indivíduos com valores de 25(OH)D classificado como insuficiente nos três tempos estudados, e os indivíduos com deficiência de vitamina D apresentaram maior tendência para alterações na função renal, colesterol total, LDL-c e paratormônio (PTH). O LDL-c e PTH mantiveram associação independente com a RAC no pós-transplante, e a 25(OH)D se correlacionou negaticamente com RAC no tempo zero (r = -0,612; p = 0,045). Foi possível concluir que a alteração no status de vitamina D pode ter relação com a função renal dos indivíduos submetidos ao transplante renal, independente do período de pós-transplante. Além disso, é necessário o planejamento de intervenções que visem corrigir o status dessa vitamina a fim de obter melhores desfechos renais.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2323511 - ADRIANA AUGUSTO DE REZENDE
Interno - 2149611 - CLELIA DE OLIVEIRA LYRA
Externo ao Programa - 572904 - JOSE BRUNO DE ALMEIDA