Prevalencia de Staphylococcus aureus e Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA) colonizando o meio ambiente bucal de pessoas idosas acamadas e domiciliadas e fatores associados a essa populacao.
MRSA. Cavidade bucal. Saúde do idoso. Pessoas acamadas.
A população idosa, indivíduos com 60 anos ou mais, é a que mais cresce demograficamente em todo o mundo. Com o envelhecimento, o sistema imunológico se torna menos eficiente, gerando comprometimentos sistêmicos na pessoa idosa, tornando-os mais vulneráveis à possíveis infecções. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi avaliar a prevalência de S. aureus e MRSA colonizando o meio ambiente bucal de pessoas idosas acamadas e domiciliadas bem como, avaliar fatores associados à essa população. Para tal, 263 idosos foram visitados em seus domicílios no município de Natal/RN. Amostras do meio ambiente bucal foram coletadas com auxílio de swab, semeados no meio de cultivo seletivo ágar manitol salgado e as colônias sugestivas de Staphylococcus aureus foram reisoladas com posterior identificação através de provas laboratoriais convencionais e por espectrometria de massa (MALDI-TOF). A identificação da linhagem MRSA foi realizada pelo método do disco-difusão, utilizando o antimicrobiano cefoxitina. A mesma técnica foi usada para avaliar a susceptibilidade a outros antimicrobianos. Dados relacionados a fatores sociodemográficos e a autopercepção da saúde foram coletados mediante a aplicação de um questionário. A prevalência de idosos colonizados por S. aureus foi 13,3% (n=35) e para MRSA foi de 1,5% (n=4). Todos os MRSA foram sensíveis à outras classes de drogas testadas. Os testes estatísticos mostraram uma associação entre as variáveis sexo masculino, idosos acamados, saúde geral ruim e dificuldade para se alimentar e a presença de S. aureus. A presença de S. aureus colonizando pessoas idosas pode representar um risco à saúde dessa população, sobretudo pela maior vulnerabilidade imunológica que essa população apresenta.