AVALIACAO DA INFECCAO POR Trypanosoma cruzi EM TRIATOMINEOS EM
MUNICIPIOS CONSIDERADOS DE ALTO RISCO TRANSMISSAO NO RIO GRANDE DO NORTE,
BRASIL
Triatoma brasiliensis. Triatomíneos. Trypanosoma cruzi. Espécies.
O estado do Rio Grande do Norte (RN) é endêmico para a doença de Chagas, apresentando 36 municípios de alto risco de transmissão do Trypanosoma cruzi. O objetivo deste estudo foi avaliar a ocorrência de triatomíneos infectados por T. cruzi em unidades domiciliares (UDs) de municípios de alto risco de transmissão do parasito no RN, bem como a diversidade de espécies no ambiente silvestre. Os triatomíneos foram coletados nas UDs e ambiente silvestre, identificados e tiveram o conteúdo intestinal analisado por exame direto, xenocultura e PCR do kDNA para a detecção do parasito. Um total de 22 UDs foram investigadas, sendo 14 em São Tomé e seis em Sítio Novo, e a presença de triatomíneos foi registrada em 21,4% (3/14) e 16,7% (1/6), respectivamente. O município de São Tomé apresentou um percentual elevado de triatomíneos infectados capturados, correspondendo a 14,2%. Nas UDs, 40 triatomíneos foram capturados e a única espécie identificada foi Triatoma brasiliensis tanto em São Tomé como em Sítio Novo. O índice de infecção natural por T. cruzi foi de 7,5%, sendo mais elevado em T. brasiliensis (8,8%). No ambiente silvestre, a maior diversidade de espécies foi encontrada na ESEC-Seridó, onde foram capturados espécimes de T. brasiliensis, T. pseudomaculata, P. lutzi e Triatoma sp. T. brasiliensis foi a espécie mais capturada tanto na ESEC-Seridó quanto em Sítio Novo O índice de infecção natural por T. cruzi foi de 3,5%, sendo mais elevado em P. lutzi (100% - 1/1), seguido de T. pseudomaculata (50% - 1/2) e T. brasiliensis com 2,8% (4/141). Esses dados ressaltam a importância da vigilância e controle constantes nos municípios de alto risco para prevenir a transmissão do T. cruzi para os seres humanos e animais.