Anatomia humana; Coração; Dissecação; Circulação Coronária.

arranjo fisiológico. Schlessinger (1940) introduziu o conceito de dominância coronariana e classificou os corações como dominância direita, esquerda ou balanceada dependendo da posição das artérias coronárias e seus ramos em relação ao crux cordis, na face diafragmática do coração [SCHLESINGER, M. J. Relation of the anatomic pattern to pathologic conditions of the coronary arteries. Arch. Pathol., 30: 403-415, 1940]. No entanto, Falci Jr e colaboradores (1994) propuseram uma alteração neste conceito objetivando aproximar a dominância anatômica da fisiológica [FALCI JÚNIOR, R. et al. Anatomia das artérias coronárias. Rev. Med., 72 (1): 21-24, 1994]. A determinação do padrão dominante é correlacionada com cardiopatias, sendo o esquerdo com a maior gama de doenças associadas. O presente estudo objetivou verificar a dominância coronariana em corações humanos de população do Rio Grande do Norte. Para isto 170 corações oriundos de cadáveres adultos fixados em formol 10% do Laboratório de Anatomia Humana da Universidade Federal do Rio Grande do Norte foram dissecados, tiveram suas coronárias expostas e foram classificados em dominância direita, balanceada ou esquerda, seguindo os critérios dos autores supracitados. Numa segunda etapa, o estudo contará com a análise e determinação do padrão coronariano em imagens de cineangiocoronariografia in vivo. Segundo critérios de Schlessinger (1940), nossos dados em cadáveres mostram 73,5% dos corações com dominância direita, 19,5% de dominância balanceada e 7% de dominância esquerda. Segundo critérios de Falci Jr e colaboradores (1994), nossos dados mostram 50,6% de dominância direita, 36,5% de dominância balanceada e 12,9% de dominância esquerda. Em ambos os casos a dominância direita é a predominante. Sendo assim, entende-se, primariamente, que a população regional tende a um menor risco de doenças cardiológicas. Entretanto a diversidade de critérios adotados por cada autor pode interferir no resultado das pesquisas, o que reforça a importância de um critério único.