Banca de DEFESA: ALICE CARLA MARCELINO XAVIER

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALICE CARLA MARCELINO XAVIER
DATA: 04/09/2015
HORA: 10:00
LOCAL: Auditorio D do CCHLA
TÍTULO:

O acusativo anafórico e normas do português na escola: uma proposta de intervenção para o ensino de gramática


PALAVRAS-CHAVES:

ProfLetras; Variação, gramática e ensino; ensino de gramática; acusativo anafórico.


PÁGINAS: 101
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Sociolingüística e Dialetologia
RESUMO:

Fundamentados em uma perspectiva sociovariacionista (cf. LABOV, [1972]2008; WEINREICH, LABOV, HERZOG, [1968]2006), e considerando a necessidade do ensino de gramática (MARTINS, 2013), apresentamos, nesta dissertação, uma proposta de intervenção para o ensino das formas acusativas anafóricas de 3ª pessoa no português brasileiro culto em uma turma de 9º ano do ensino fundamental. A pesquisa foi realizada numa escola da rede pública e considerou para o diagnóstico textos narrativos escritos por alunos de uma turma regular do 9º ano – última etapa do ensino fundamental II, no ano de 2014. Esta pesquisa parte da hipótese de que a forma clítica acusativa anafórica, única forma ensinada na escola e tomada como parâmetro positivo de avaliação para a retomada do objeto direto, não está sendo ensinada. Considerando que estudos anteriores têm apontado quatro formas possíveis para o acusativo anafórico de 3ª pessoa no português brasileiro – o clítico acusativo, o pronome nominativo, o SN anafórico e o objeto nulo –, primeiramente, apresentamos um diagnóstico do uso dessas formas em textos escritos pelos alunos com base na análise de duas narrativas escritas em ambiente escolar: uma de caráter mais formal – relato de filme –  e outra de caráter menos formal – relato de experiência pessoal. Após essa análise, conduzidos pelo diagnóstico inicial, apresentamos uma sequência didática (SD) pautada no ensino de gramática. Na SD, o ensino do objeto direto e de suas formas de retomadas (acusativo anafórico) se deu com base em uma perspectiva científica da gramática da Língua Portuguesa. Dessa forma, o ensino do clítico acusativo, forma que deveria ser recuperada pela escola, nas aulas de gramática normativa, se deu junto ao reconhecimento das demais variantes que juntas coocorrem/concorrem nas diferentes normas do português brasileiro. O nosso intuito foi o de tornar significativo o uso do clítico acusativo, já que este vem perdendo espaço, devido a um ensino de gramática que vem produzindo nos alunos uma aversão à norma padrão e, ao mesmo tempo, uma incompreensão da gramática da sua língua. Objetivamos também, a partir do ensino do acusativo anafórico, oferecer/defender uma proposta de ensino de língua e de gramática, na qual essas formas variantes sejam trabalhadas em conjunto nas aulas de português a fim de fazer com que o aluno perceba as diferentes possibilidades de relações e de construções sintáticas possíveis dentro de sua gramática e, principalmente, reconheça o que cada uma delas significa e por quê no contínuo de normas linguísticas que caracteriza o que denominamos de Língua Portuguesa.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1717429 - MARCO ANTONIO MARTINS
Interno - 1551756 - EDVALDO BALDUINO BISPO
Externo à Instituição - SILVIA RODRIGUES VIEIRA - UFRJ
Notícia cadastrada em: 05/08/2015 17:51
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