Banca de DEFESA: RÍSIA KALIANE SANTANA DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RÍSIA KALIANE SANTANA DE SOUZA
DATA: 18/07/2011
HORA: 09:00
LOCAL: nepsa
TÍTULO:

CONTINUIDADE E FECHAMENTO DE PEQUENOS NEGÓCIOS: O CASO DE MERCADOS VAREJISTAS POTIGUARES

 


PALAVRAS-CHAVES:

Mortalidade. Teorias Ambientais. Pequenos mercados varejistas. 


PÁGINAS: 183
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Administração
RESUMO:

Tendo como tema a continuidade e o fechamento de pequenos negócios, no contexto dos mercados varejistas, esta dissertação teve como ponto de partida o objetivo de compreender a relação entre os motivos apontados pelos proprietários de pequenos negócios, para a continuidade e fechamento de suas empresas, e os motivos apresentados pelas Teorias Ambientais. A dissertação parte deste arcabouço teórico e o discute entendendo que o mesmo se sustenta em um discurso metafórico sistêmico, tratando o tema em termos de “sobrevivência” e “mortalidade” organizacional. Partindo do pressuposto de que os pequenos negócios, nos quais se incluem os pequenos mercados varejistas potiguares, estão inseridos em um ambiente multifacetado, caracterizado pela competição por clientes e recursos, competição esta que afeta tanto a sua gestão quanto a sua permanência no mercado, entende-se que os fenômenos de continuidade e fechamento, e a relação destes com o ambiente externo, devem ser objeto privilegiado de estudo, na contemporaneidade. O texto revisa a literatura mostrando as alterações do pensamento administrativo sobre a relação organização versus ambiente, e apresentando idéias gerais sobre os micro e pequenos negócios. Em termos metodológicos, a abordagem utilizada na pesquisa foi do tipo qualitativa. Quanto à técnica de coleta de dados, utilizou-se a entrevista temática em profundidade. Esta foi realizada considerando elementos das técnicas da história de vida e da história oral, privilegiando sempre a emergência de narrativas ancoradas no mundo vivido dos sujeitos entrevistados. O corpus empírico da pesquisa foi integrado por sete proprietários de pequenos comércios varejistas, situados em duas cidades potiguares: Natal e Mossoró. O processo analítico e interpretativo centrou-se, num primeiro momento, no diálogo reflexivo com a história de vida profissional e de gestão do negócio de cada proprietário, constituindo um primeiro nível de análise: reflexões sobre as narrativas individuais; e, num segundo momento, o processo interpretativo se desenvolveu através da análise dos conteúdos das falas de todos os sujeitos, através da identificação dos temas recorrentes, constituindo assim o segundo nível de análise: reflexão sobre a narrativa totalizante. Os temas identificados na narrativa totalizante, que se referem aos motivos de continuidade do negócio, são: evolução, controle, fidelização, gostar do que faz. Já os temas que emergem como motivos para fechamento dos negócios são: falta de identificação, não evolução, problemas com concorrência, fornecedores e governo. O texto sintetiza suas compreensões afirmando que os motivos associados à continuidade e fechamento dos pequenos mercados, para este grupo específico de proprietários, emergem como uma tensão permanente entre o voluntarismo (propriamente humano) e o determinismo (sistêmico). Essa tensão se manifesta em falas que, ao mesmo tempo em que evocam a lógica sistêmica organicista através dos temas evolução/não evolução, também a contrapõem com a emergência de temas ligados à ação humana interessada, calcada em desejos, sentimentos e convicções pessoais como: gostar do que faz/falta de identificação. Do diálogo reflexivo das narrativas com os postulados das Teorias Ambientais, os resultados autorizam afirmar que, diferentemente da tensão expressa por esses sujeitos ao falarem sobre as suas razões, os motivos associados à “sobrevivência” e “mortalidade” de negócios pelas Teorias Ambientais apresentam-se enquadrados teoricamente de maneira polarizada, parecendo prescrever opções estanques, modelizantes, para os atores que medeiam a relação organização-ambiente.

 



MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - HILKA VIER MACHADO - UEM
Presidente - 347006 - JOSE ARIMATES DE OLIVEIRA
Interno - 349130 - MIGUEL EDUARDO MORENO ANEZ
Notícia cadastrada em: 04/07/2011 15:28
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