Banca de DEFESA: ANNA CHRISTINA DO NASCIMENTO GRANJEIRO BARRETO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANNA CHRISTINA DO NASCIMENTO GRANJEIRO BARRETO
DATA: 18/10/2012
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório do Departamento de Pediatria
TÍTULO:

NUTRIÇÃO E CRESCIMENTO PÓS-NATAL DE RECÉM-NASCIDOS DE MUITO BAIXO PESO ALIMENTADOS COM LEITE MATERNO NÃO FORTIFICADO E ASSISTIDOS PELO MÉTODO MÃE-CANGURU


PALAVRAS-CHAVES:

crescimento, recém-nascido de muito baixo peso, método mãe canguru, restrição de crescimento pós-natal, leite humano


PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO:

OBJETIVO: Fazer análise descritiva de variáveis relacionadas à nutrição e crescimento de recém-nascidos de muito baixo peso. Determinar prevalência de restrição de crescimento extrauterino e fatores preditores da evolução nutricional. Identificar conseqüências em curto prazo relacionadas ao retardo em atingir a nutrição enteral plena. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado na Maternidade Escola Januário Cicco, hospital de ensino da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no período de julho/2005 a agosto/2006. Foram analisados 112 Recém-nascidos de muito baixo peso admitidos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e que participaram da 1ª e 2ª etapa do Método Mãe-canguru. Todos os pacientes foram alimentados com leite materno não fortificado e nenhum recebeu nutrição parenteral. Inicialmente realizou-se análise descritiva de variáveis relacionadas à nutrição e crescimento. Posteriormente as variáveis dependentes: dias para atingir o peso mínimo e para recuperar o peso de nascimento, percentual de perda ponderal e agravamento do estado nutricional foram transformadas no fator denominado evolução nutricional, através de análise fatorial. Em seguida procurou-se determinar os fatores preditores desse desfecho. O tempo para atingir a nutrição enteral plena também foi categorizado em ≤ e > que 10 dias, e verificou-se a associação dessa variável com os resultados clínicos e nutricionais durante internamento hospitalar. As técnicas estatísticas utilizadas foram Teste Qui-quadrado, t de Student, Mann-Whitney, regressão linear simples e múltipla e regressão logística. Foi considerado significante p < 0,05. O programa estatístico utilizado foi Stata 10.0. RESULTADOS: Os recém-nascidos demoraram seis dias para atingir o peso mínimo e recuperaram o peso do nascimento em 17,3 dias, após perda ponderal de 13,3%. A dieta enteral foi iniciada, em média, com 1,58 dias. O aporte calórico e proteico médio durante o internamento foi 94,3 Kcal/Kg/dia e 1,67 g/Kg/dia, respectivamente. Na alta hospitalar 89,3% dos pacientes apresentavam restrição de crescimento extrauterino. As variáveis preditoras da evolução nutricional foram: ser adequados para idade gestacional, idade materna ≤ 20 anos, maior tempo de internamento na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, e para atingir nutrição enteral plena, além de necessidade de ventilação mecânica. O tempo para atingir a nutrição enteral plena teve média e mediana de 11,1 e 10 dias, respectivamente. Os prematuros que atingiram a nutrição enteral plena em tempo superior a 10 dias perderam mais peso nos primeiros dias de vida, necessitaram de mais tempo para recuperar o peso de nascimento, em oxigenioterapia e ventilação mecânica, tiveram maior duração de internamento na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e hospitalização total, apresentaram maior diminuição do Escore Z Peso/idade na alta hospitalar, mais episódios de sepse tardia e necessidade de transfusão sanguínea. CONCLUSÕES: Há vários fatores preditores da evolução nutricional e que podem ser modificados através de intervenção nos períodos pré e pós-concepcional. O retardo em atingir a nutrição enteral plena está associado a maior incidência de morbidades clínicas e nutricionais. É necessário, portanto, uma abordagem nutricional mais agressiva desde os primeiros dias de vida para corrigir os déficits nutricionais encontrados, minimizando ou diminuindo a incidência de complicações. 


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1348383 - GEORGE DANTAS DE AZEVEDO
Presidente - 1161838 - HELCIO DE SOUSA MARANHAO
Externo à Instituição - MARIA ELISABETH LOPES MOREIRA - Fiocruz - RJ
Externo ao Programa - 1139873 - RICARDO FERNANDO ARRAIS
Externo à Instituição - ROSELI OSELKA SACCARDO SARNI - UNIFESP
Notícia cadastrada em: 14/09/2012 14:02
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