Banca de QUALIFICAÇÃO: ELISANGELA TAVARES DIAS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELISANGELA TAVARES DIAS
DATA: 10/12/2012
HORA: 10:30
LOCAL: CCHLA - Sala de reuniões do DLET (Salão Vermelho)
TÍTULO:

A TRADIÇÃO DISCURSIVA ORAL EM CANTOS DE FOLIAS DE REIS


PALAVRAS-CHAVES:

Tradição Discursiva; Tradição Oral; Cantos; Folias De Reis.


PÁGINAS: 94
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
RESUMO:

Esta investigação objetiva analisar a historicidade social das Folias de Reis, mais notadamente evidenciar seus cantos à luz das tradições discursivas orais. Elegemos, nesse caso, duas proposições analíticas: a presença das fórmulas linguísticas, em sua macroestrutura, e a teoria dos atos de fala, em sua microestrutura, propostos por Austin (1990) e Searle (1995). Ancoramos nossas hipóteses sob o ponto de vista de teóricos como Zumthor (1993; 1997; 2000; 2005; 2010), quando aduz a ideia de movência textual, ou evidencia recepção e performance na linguagem; Kabatek (2006), Koch e Oesterreicher (2007), como corolário, o paradigma das tradições discursivas, propostas por estes autores. Evidentemente, dessa interseção, aportamos no tripé formulaicidade/ato de fala/oralidade, respaldando assim nosso pensamento analítico. Tal aporte, mais precisamente, instala-se na verve da Análise do Texto, ao realçarmos a tradição da oralidade como suporte linguístico que se fixa à fala do sujeito. Procuramos destacar, a partir dos cânticos desses autos, o ritual que envolve esse folguedo. Nesse caso, analisamos cada segmento do canto, observando a formulaicidade contida nos textos, que nos leva à constatação de que no início da jornada, na chegada à casa do festeiro, nos benditos de mesa, na adoração, no agradecimento, na despedida e na saída da jornada se evidenciam uma profusão de tradições discursivas orais, assim como se destacam atos de fala, independentemente de seu cronotopo, ou de quem os produziu. Ainda, em relevo, constatamos que na tradição discursiva oral, o texto se efetiva enquanto evocação, motivados pela transmissão, recepção, e movência, a partir de sua conservação e reiteração. Dessa forma, a importância dessa pesquisa consiste na fomentação do patrimônio imaterial brasileiro, que ainda reside e resiste em várias localidades brasileiras. Selecionamos para esta proposição analítica, vários cânticos de autos natalinos a partir de referências bibliográficas existentes e de estados da arte que, por se tratar de um gênero que pertence à oralidade, seu acesso esbarra na falta de documentação ou na aproximação ao acervo, dada a propriedade do direito autoral. Naturalmente, optamos por um suporte metodológico baseado na pesquisa quali-quantitativa, evidenciado por Flick (2009), que respalda nossa empiria inicial a partir dos constructos da Linguística Textual. Procedemos, desse modo, consubstanciar nosso olhar analítico, observando uma linguagem/língua subjacente à tradicionalidade que se efetiva pelo seu uso e pela memória social dos sujeitos em suas atividades mnêmicas. 


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1801855 - ALESSANDRA CASTILHO FERREIRA DA COSTA
Externo à Instituição - BELIZA ÁUREA ARRUDA MELO - UFPB
Presidente - 1723874 - LUCRECIO ARAUJO DE SA JUNIOR
Externo à Instituição - RITA DIANA DE FREITAS GURGEL - UFERSA
Notícia cadastrada em: 03/12/2012 14:59
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