Banca de DEFESA: ANA FLÁVIA MATOS FREIRE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA FLÁVIA MATOS FREIRE
DATA : 06/06/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO:

Abordagem funcional-construcionista de shoulda, coulda e woulda: TAM no ingles americano contemporaneo


PALAVRAS-CHAVES:

Auxiliaridade; construção TAM; shoulda, coulda e woulda; Linguística Funcional Centrada no Uso; inglês americano contemporâneo.


PÁGINAS: 228
RESUMO:

Focalizamos, nesta tese, a construção TAM com shoulda, coulda e woulda, formas provenientes de should have, could have e would have, no inglês americano contemporâneo. Objetivamos analisar as propriedades funcionais e formais dessa construção e caracterizá-la em termos de produtividade, esquematicidade e composicionalidade e de sua organização hierárquica em rede. Fundamentamo-nos, teórico-metodologicamente, na Linguística Funcional Centrada no Uso, LFCU, com base em Furtado da Cunha, Bispo e Silva(2013) e Furtado da Cunha e Bispo (2013, 2023), dentre outros. Partimos, pois, de uma perspectiva de gramática baseada no uso (Bybee, 2010) e de contribuições da Gramática de Construções na linha de Goldberg (1995), Croft (2001) e Traugott e Trousdale (2013). Para auxiliaridade, baseamo-nos, principalmente, em Heine (1993), Bybee (1995, 2010) e Brinton e Brinton (2010); para a categoria aspecto, recorremos a Croft (2012); e quanto à modalidade, fundamentamo-nos em Lyons (1977). O Corpus of Contemporary American English, COCA, é o banco de dados da pesquisa e o WordSmith Tools 7.0 é o programa utilizado para processamento do corpus, identificação das ocorrências, aferição das frequências token e type e averiguação dos contextos de ocorrência da construção. Do ponto de vista funcional, flagramos uma relação motivada entre forma e função considerando os subprincípios de quantidade e de integração. Com relação à prototipicidade e à categorização, constatamos que as propriedades identificadas nos usos de shoulda, coulda e woulda aproximam-se das características exibidas por auxiliares consolidados. Essas formas expressam as categorias de tempo e aspecto (presente perfeito) e modalidade (deôntica, epistêmica e volitiva). Constatamos, também, que, devido às projeções metafóricas e metonímicas e aos mecanismos de analogia e neoanálise, temos novos usos e novas configurações (ampliação de formas para o preenchimento do slot VP) em função do estabelecimento de novos links com outros auxiliares mais representativos da categoria. Ademais, observamos que contextos informais falados e intersubjetivamente marcados, com sujeito em primeira pessoa, favorecem o emprego da construção aqui examinada. Do ponto de vista formal, verificamos que essa construção apresenta, essencialmente, duas subpartes: um auxiliar (VAUX) e um verbo principal (VP), sendo representada por [VAUX VP]TAM. Em termos morfofonológicos, a primeira subparte é preenchida por uma das formas três formas resultantes da fusão entre should, could e would com have; a segunda subparte, por sua vez, pode ser ocupada por elemento verbal lexicalmente explícito ou não. Verificamos ainda que a construção pode ocorrer com sujeito explícito ou elidido, além de haver a possibilidade de advérbio entre auxiliar e VP. A construção [VAUX VP]TAM é esquemática e apresenta diferentes graus de composicionalidade semântica e perda de composicionalidade morfofonológica e sintática. Esse padrão esquemático licencia três subesquemas, [shoulda VP]TAM, [coulda VP]TAM e[woulda VP]TAM, que capturam particularidades funcionais na marcação TAM e sancionam nove padrões em nível intermediário, conforme a morfologia do VP (particípio, passado, infinitivo). Cada um desses nove subesquemas licencia types microconstrucionais a partir da especificação da categoria semântica do VP num total de 109 types, os quais, por sua vez, sancionam, em um nível não esquemático, outros types, em que são especificados os lexemas verbais que ocupam o slot VP. Essa construção possui relações horizontais com a construção TAM de suas formas antecessoras, sendo, portanto, aloconstruções, que se relacionam taxonomicamente com uma construção de auxiliaridade em um nível mais alto de abstração. Os achados de nossa análise, portanto, apontam para shoulda, coulda e woulda como verbos auxiliares TAM emergentes no inglês para expressar situações hipotéticas no passado.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1551756 - EDVALDO BALDUINO BISPO
Externa à Instituição - ROSA VALLEJOS YOPÁN
Externa à Instituição - MARIA MAURA DA CONCEIÇÃO CEZARIO - UFRJ
Externo à Instituição - MONCLAR GUIMARÃES LOPES - UFF
Externo à Instituição - PATRÍCIA FABIANE AMARAL DA CUNHA LACERDA - UFJF
Notícia cadastrada em: 16/05/2025 19:39
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